3. Nomes em inglês devem ser igualmente evitados. Se for muito necessário, traduza, ou mescle inglês e outros idiomas. O melhor mesmo é português. Se quiser que a sua peça tenha abrangência internacional, lembre-se de que hoje um nome italiano ou espanhol é visto com muito mais simpatia. Se tiver algum caráter étnico, procure usar iorubá ou bantu. […]
5. Evite referências aos recentes avanços tecnológicos. A não ser em casos muito específicos, não devem constar na nomenclatura (e de preferência nem no trabalho) termos como “digitais”, “virtuais”, “midiáticos”, “holográficos” - principalmente se estiverem no plural. Aliás, o plural deve sempre ser usado com bastante parcimônia.
6. Não empregue, exceto por ironia, palavras reconhecidamente de uso poético, tais como: “tempestade”, “etéreo”, “olhar”, “doce”, “eflúveo”, “translúcido”, “fogueira”, “crepitar”, “sinuoso”, “sutil” etc. […]
8. Não são recomendáveis referências a tempo e espaço, qualquer relação entre os dois, qualquer relação entre os dois e qualquer outra coisa. Não pode: Espaços expandidos, Tempos coe(x)istentes, (Não)-lugares ex(p)andidos, E(x)pa(ss)os-Temp(os), e por aí vai. Substantivos como “território”, assim como outros que remetem a essa ideia (por exemplo, “mapa”, “trajetória”, “trajeto”), ainda serão aceitos nos próximos dois ou três anos. Porém, se não quiser ter o trabalho de mudar o nome de seu espetáculo brevemente, evite-os desde agora. Nunca se sabe por quanto tempo será preciso apresentar a mesma peça.
9. Ao usar um título muito longo, procure imaginar como o seu trabalho será chamado no dia-a-dia. Digamos que você, com muito esforço, chega a um nome de que gosta, por exemplo, Corpo frito em berço de rúcula com pirão de baiacu. Considere que, na prática, seu espetáculo será chamado de Corpo - termo que, como já vimos, deve ser evitado. […]"
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