sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Marlene Bergamo e Tyrone Turner no SESC/ Bom Retiro

Start:     Sep 14, '12 7:00p
End:     Dec 2, '12 5:30p
Location:     Alameda Nothmann 185 - São Paulo/SP
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Fluxos de pessoas, imagens em curso

            É característica central da fotografia sua permeabilidade às ocorrências do cotidiano. Entretanto, não nos basta aqui a mera evidência de que o mundo visível se impõe como temática para a prática fotográfica. Cumpre pensarmos a relação entre fotografia e mundo também no que se refere ao desenvolvimento de sua linguagem, ou seja, do conjunto de tecnologias, técnicas, materiais e modos de produção que, ao longo do tempo, abriram certas possibilidades para o fotógrafo e desestimularam procedimentos outrora dominantes.
            Desse modo, ao se lançar à prática no espaço urbano, o fotógrafo não apenas encara uma determinada realidade como seu objeto, como também maneja ferramentas cuja tecnologia é constituinte dessa mesma realidade; à velocidade e à virtualidade das dinâmicas humanas no tecido social contemporâneo, correspondem atualmente a velocidade e a virtualidade da fotografia digital. Tal convergência credencia a fotografia a comentar, de modo simultaneamente crítico e comprometido, a complexidade do mundo à sua volta.
            A relevância da exposição Herança Compartilhada, uma realização do SESC São Paulo, Centro Universitário Senac e Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, está diretamente relacionada à capacidade da fotografia em propor comentários polissêmicos sobre a realidade, sem embutir neles qualquer interpretação definitiva. Para abordar o tema das imigrações recentes ocorridas no Brasil e nos Estados Unidos – assunto cuja pertinência é tal que enseja, aqui e alhures, debates e análises constantes – propôs-se uma troca de habitats entre um fotógrafo brasileiro e um estadunidense, desafiando-os a pensar as especificidades desse fenômeno contemporâneo a partir de sua lente estrangeira. Câmeras fotográficas deslocadas no espaço, em busca de pessoas que inventam suas territorialidades: instantâneos colhidos em dois países que se assemelham pelo feitio multifacetado de sua ascendência e pela magnitude de seus desafios atuais.
            Fluxos marcam a experiência contemporânea. Assim como as mercadorias, as informações e o capital, as pessoas estão em permanente movimento: carregam consigo suas noções de pertencimento e pontos de vista, submetendo-as a câmbios de sentido. Imagens são elementos onipresentes nessa rede de fluxos, levadas pelas pessoas ou interceptando incessantemente seus caminhos. Nesse estado de coisas, a fotografia pode representar um instrumento de reflexão vigoroso e criativo, caso saiba manobrar por entre os velozes vetores do presente sem se submeter a eles. É esta a convicção da presente exposição: revelar imagens significativas desses dois países que se fizeram e se fazem, em grande medida, pela imigração – seu fluxo captado em instantâneos, como ensejos para o pensamento.


por SESC São Paulo, Centro Universitário Senac, Consulado Geral dos Estados Unidos


Alameda Nothmann 185, Bom Retiro - São Paulo/SP - CEP 01216-000
telefone: 3332-3600 | e-mail
horário de Funcionamento: de terça a sexta-feira das 9h às 20h30, sábado das 10h às 18h30, e domingo e feriado das 10h às 17h30.
Não é permitida a entrada com animais. Acessibilidade Universal


Fonte: Marina


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IMAGENS da EXPOSIÇÃO " Herança Compartilhada"
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Marlene Bergamo e Tyrone Turner no SESC/ Bom Retiro




exposição "HERANÇA COMPARTILHADA",
Informações aqui

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Patrícia Osses na Leme

Start:     Oct 4, '12 7:00p
End:     Nov 10, '12 3:00p
Location:     Av. Valdemar Ferreira 130 - São Paulo/SP
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Ex-Libris | Patrícia Osses
Abertura: 4 de outubro

˙ · Matéria tanto das imagens como da exposição, a penumbra é o elemento que une os quatro grupos de trabalhos apresentados por Patricia Osses em Ex-libris.
Ex-libris é uma expressão latina que significa, literalmente, "dos livros". Pode estar inscrita em uma vinheta colada na contra capa de um livro, para indicar quem é seu proprietário. Não há livros presentes na exposição ou nas imagens, mas é através de sua ausência que está construído todo o pensamento visual dos trabalhos apresentados. É justamente por sua inexistência que esse elemento se potencializa e se faz presente.
Grenier (Sótão), obra que abre a exposição, consiste em uma série de 18 imagens de pequenas dimensões, feitas no sótão de uma antiga casa de fazenda no interior da França. A luz, pouca e aquecida, sobre os objetos esquecidos, levou a artista a fotografar como quem realiza uma pintura. Nas imagens o lugar é denso, os objetos não tem contornos e sua presença é duvidosa. Em Ex-libris esses objetos-imagem se apresentam soltos, dispostos sobre uma prateleira, como em uma biblioteca ou uma coleção.
Bibliothèque (Biblioteca) e Étagères (Estantes), se origina na mesma fazenda de Auvergne, França, que abriga uma granja do ano 1800 em seu estado quase original. O teto, com quase dez metros de altura e todo em madeira, é onde a artista constrói uma versão ficcional do lugar, transformando-o em uma biblioteca. As telhas de madeira são transformadas em milhares de livros antigos que, para serem alcançados, necessitam de longas escadas. Para lê-los, a artista se instala nas altas vigas de sustentação.
Library (Biblioteca) é constituída por imagens de uma biblioteca real mas desprovida de sentido, uma vez que está vazia. Localizada no quarto mais sombrio da casa do escritor John Osborne (1929-1994) em Shropshire, Inglaterra, a biblioteca abrigou um tipo incomum de matéria. A artista fotografou as estantes sob a ação da neblina e da luz, preenchendo-as sem ocupá-las e preservando seu vazio.
Finalmente, o vídeo Dormitório conta novamente com lugares e objetos esquecidos, de estranhas coleções, sempre conservadas na penumbra. Criado a partir de fotografias de uma ação performática, o resultado nos situa entre a fotografia e o filme, gerando um movimento permanente e quase imperceptível. A trilha sonora que acompanha a obra, gravada pelo músico Thomas Rohrer dentro dos espaços da Galeria Leme, emite os sons da rabeca por toda a exposição.

Sobre a artista:
Patrícia Osses (Santiago do Chile, 1971). Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
Entre suas exposições individuais se destacam: Vigne-mère (Videira-mãe), Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo (2012), Casapina, Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2010 - Ocupação dos Espaços, Galeria Mario Schenberg, Funarte, São Paulo (2010), e as coletivas: Instituto Cervantes, Alhambra, ou dos edifícios que falam, São Paulo (2010). Patricia Osses é integrante da coleção MAC-USP.

Abertura: 4 outubro – 19hs
Até 10 Novembro, 2012
Galeria Leme
Av. Valdemar Ferreira, 130 – São Paulo, SP | Tel. (11) 3093-8184 | e-mail
De segunda a sexta-feira das 10h às 19h, e sábados das 10h às 17h


Fonte: Fernando Lopes


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IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Ex-Libris"
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Patrícia Osses na Leme


Print on cotton paper, 25×17,5cm

exposição "EX-LIBRIS",
Informações aqui

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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Ricardo Barcellos na Central

Start:     Sep 27, '12 7:00p
End:     Nov 27, '12 7:00p
Location:     Rua Mourato Coelho 751 - São Paulo/SP
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Mediações de Risco

            O trabalho de Ricardo Barcellos traz a tona uma significação possível da fotografia, nos dias de hoje, como reprodução, imitação e falsificação do real, ao usá-la como linguagem híbrida entre à documentação e às novas significações da imagem introduzidas pela era digital. Segundo ele: “criamos uma infinidade de filtros e interfaces que funcionam como ‘redes de proteção’ de nossas experiências. São as estratégias de risco controlado, ou play safe, como dizem os americanos. Num exercício da metalinguagem Ricardo constrói filtros - que passam pela escolha da própria imagem, escala, suporte e intervenção técnica - para, com certa ironia, propor ênfase a realidade. Sua estratégia passa pelo ‘aliciamento’ publicitário do sistema fotográfico, para construir simulacros da natureza e firmá-la como a maior invenção da cultura, o que o torna um mediador que produz imagens, objetos, histórias e situações. São apropriações simples, onde a construção da narrativa se dá com a edição (escolha), corte, tratamento e, em alguns casos, com a junção de imagens independentes e distantes. “Utilizo essa natureza híbrida , gerando imagens que ficam no limite entre ficção e realidade, entre uma imagem objetiva e subjetiva, direta e indireta (manipulada)”, afirma o artista.
            E é neste exercício que se situa “Floresta”, que abusa da escala para nos colocar na cena. A fotografia apresenta um floresta densa com vários animais que nos confundem. De longe parecem reais mas sua coexistência levanta suspeitas. Ricardo, cita Robert Smithson que dizia que: “as câmeras têm algo de abominável, porque possuem o poder de inventar muitos mundos”, e completa: “isso se dá, justamente, por nos permitir estabelecer uma relação dialética entre a linguagem e mundo físico”.
            Em “ artifícios” Ricardo realiza uma explosão proposital numa madrugada de neblina, próximo a represa Billings em São Paulo. O resultado é uma imagem bela e lúdica, montada a partir da sobreposição de dois momentos: a neblina e os fogos de artifício. A imagem resultante nos coloca no limite entre a ficção e o registro instantâneo, numa espécie de alquimia entre natural e artificial.
            Em “Icebergs”(e nas demais fotos) a intervenção digital gera suspeitas. Trata-se do registro pessoal de uma expedição marítima à Antártica, em 2011, a bordo de um veleiro. No retorno, o artista resolve “recontextualizar” algumas imagens através da manipulação da cor. Para afirmar que a questão ali não está nos discursos ecológicos e reafirmar a natureza objetual, as três imagens desta série são exibidas em pequenos backlights que realçam a linguagem fetichizante e publicitária. Com este trabalho, ele indaga: “o que é real?” Segundo o artista: “Temos uma necessidade inerente por signos e imagens, que geram uma constante tensão entre o mundo e sua projeção imagética. É o desejo por um lugar vazio, por aquilo que não está dado, que está oculto, na estranheza de um mundo que não é realidade nem ficção, mas alguma dimensão intermediária que só existe enquanto possibilidade ou "coincidência significativa".
            Coincidência esta, encontrada em “Dubai”, imagem realizada em 2009 numa pista de esqui cenográfica em um Shopping onde a temperatura externa estava por volta de 45°C, que denuncia a estranheza do artifício através de uma fotografia direta e objetiva, com enquadramento de cartão postal, luz fria e melancólica.
            No vídeo, “O filtro é o Google”, o artista denuncia já no título que é a interface que da acesso ao seu desejo. É a ferramenta virtual que filtra a consciência do autor. Sartre dizia que: "Sem dúvida alguma, quem deseja sou eu, e o desejo é um modo singular da minha subjetividade. O desejo é consciência, já que só pode existir como tal (...)". Na busca desta consciência, como um processo de reflexão, Barcellos vasculha, no site de busca, procurando por suas “palavras chave”. As imagens escolhidas, a partir de então, são editadas, impressas, filmadas e colocadas em movimento, sugerindo um jogo narrativo de possíveis associações que acabam não acontecendo, frustrando a compreensão do espectador, que é jogado dentro de um labirinto sem saída.
            Explorando o potencial híbrido da fotografia, Ricardo procura insinuar uma construção ficcional e propor um enigma que deve ser resolvido por cada um, a partir de seu próprio repertório. Esses “eventos”, que chama de "coincidências significativas", dependem da nossa atribuição de valores simbólicos e é por isto, segundo ele, que “permanece nebulosa a reconciliação entre imagem e mundo”.

Por Franz Manata
Curador


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Mediações de risco' de Ricardo Barcelos na Cantral Galeria de Arte
Abertura: 27 de setembro, às 19h (convidados) – Visitação: de 28 de setembro a 27 de novembro de 2012

˙ · Na série inédita que traz para a Central Galeria de Arte, Ricardo Barcellos (Porto Alegre, RS, 1969) reúne 15 fotografias e dois vídeos que permeiam o limite entre a ficção e o real para discutir a existência do que o fotógrafo classifica como “interfaces” nas experiências humanas. Segundo Barcellos, “criamos uma infinidade de filtros que funcionam como ‘redes de proteção’ de nossas experiências. São as estratégias de risco controlado, ou play safe, como dizem os americanos”. Intitulada Mediações de risco, a exposição tem curadoria de Franz Manata e fica em cartaz até o dia 27 de outubro, na sala 4 da galeria.
Uma das mais significativas obras da mostra, a fotografia Floresta foi impressa em metacrilato e toma toda a atenção do espectador pela escala grandiosa (290×360cm). Realizada em um parque temático, onde a natureza é ofertada com simulacro, a imagem traz uma mata repleta de bichos que, avistados de longe, parecem reais. Um olhar mais aguçado revela a dualidade irônica proposta pelo artista: os animais são todos falsos e estão aparafusados nas árvores, imóveis.
Montada a partir de duas imagens distintas, a fotografia Artifício evoca o limite entre a ficção e o real, ao trazer uma paisagem com neblina e a queima de fogos de artifício. Se por um lado ela se assemelha as fotografias contemporâneas de guerra, por outro traz o elemento que mais interessa ao fotografo nessa exposição: a incerteza criada pela fusão da neblina com as cores, gerando uma visão turva, nebulosa, uma espécie de alquimia de elementos. Barcellos continua a explorar a temática do irreal com a série de três imagens denominada Icebergs. Exibidas em pequenos backlights, as imagens mostram icebergs que tiveram suas cores manipuladas pelo artista, trazendo às imagens um caráter de desconfiança e questionamento sobre suas veracidades.
Explorando o potencial híbrido da fotografia, Barcellos criou fusões a partir de duas imagens independentes retiradas de seus arquivos de viagem, formando outra tônica desta exposição. Um tubarão de aquário com um chinês parado em uma ruela de Xangai ou uma zebra e um homem caído no chão de Moscou são exemplos das composições criadas pelo fotógrafo para, segundo o curador, “insinuar uma construção ficcional e propor um enigma que deve ser resolvido por cada um, a partir de seu próprio repertório”. Segundo o artista, “temos uma necessidade inerente por signos e imagens, que geram uma constante tensão entre o mundo e sua projeção imagética. É o desejo por um lugar vazio, por aquilo que não está dado, que está oculto, na estranheza de um mundo que não é realidade nem ficção, mas alguma dimensão intermediária que só existe enquanto possibilidade ou 'coincidência significativa'".
Completa a exposição o vídeo Google filter, no qual a ferramenta virtual serviu como o filtro do autor na busca por imagens escolhidas através de palavras chave que definem os interesses conceituais de todo trabalho. Impressas como fotografias para depois serem filmadas e postas em movimento, as imagens sugerem uma narrativa pouco lógica que permite diversas associações e, por isso, acabam frustrando a compreensão do espectador pela total desorientação.
No mesmo período a Central Galeria de Arte abriga ainda mais três mostras em suas outras salas expositivas. São elas: 1722, une infinité de desseins differens, que resgata os desenhos geométricos do padre carmelita Dominique Douat, que viveu no início do século XVIII; Salto, exposição individual de Alexis Iglesias e Quando o jardim dorme, o quarto respira, individual de Vivian Kass.

Sobre o Artista:
Ricardo Barcellos (Porto Alegre, RS, 1969), graduou-se em Comunicação Social na PUC-RS em 1991. Em 1997 morou em Nova Iorque, onde fez um curso em manipulação de fotografia digital no International Center of Photography. Com um currículo repleto de prêmios, como o Hasselblad Latin America Photo Competition (2011), FCW de Arte, Ciência e Cultura (2010) e a seleção no Porto Seguro de fotografia (2009), Barcellos já realizou importantes exposições individuais e participou de coletivas no Brasil e exterior. Entre as principais, Ruína em Construção (Galeria Lunara, Porto Alegre, 2011), Peso y Levedad (Instituto Cervantes, Madrid, Espanha, 2011), Trilogia Vermelha – China (Pinacoteca de São Paulo, 2011), Coleção Pirelli – Masp de fotografia (MASP, 2010) e Loa (Pinacoteca de São Paulo, 2001). O fotógrafo conta ainda com uma extensa lista de publicações e tem seus trabalhos em importantes coleções de fotografia.

Sobre a Galeria
A CENTRAL iniciou suas atividades em novembro de 2010. Seu foco é promover artistas que tenham uma proposta instigante, que sejam fiéis às suas intuições e que nos façam pensar com suas obras, pois aqui a arte é vista como um processo cognitivo, um processo de descoberta que nos ajuda a ver e viver melhor. Seu objetivo é o de criar condições para o pleno desenvolvimento destes artistas e a divulgação de suas atividades. Discussões sobre arte e sociedade, também fazem parte de sua programação, além das exposições temporárias e do acompanhamento e documentação de seus trabalhos.

Mediações de Risco, de Ricardo Barcellos
Abertura: 27 de setembro, às 19h
Visitação: Até 27 de novembro de 2012
Horário de funcionamento: De segunda à sexta, das 10h às 19h; Sábado, das 10h às 17h
CENTRAL Galeria de Arte
Rua Mourato Coelho, 751 - São Paulo SP
Telefone: +55(11) 2645-4480


Fonte: Martim Pelisson (Pool de Comunicação)


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IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Mediações de Risco"
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Ricardo Barcellos na Central


Fotografia impressa em jato de tinta no papel de algodão
100×47,16cm

exposição "MEDIAÇÕES DE RISCO",
Informações aqui

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Militão Augusto de Azevedo na Casa da Imagem

Start:     Sep 22, '12 11:00a
End:     Nov 25, '12 5:00p
Location:     Rua Roberto Simonsen 136-B - São Paulo/SP
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Casa da Imagem exibe a São Paulo oitocentista sob a ótica de Militão Augusto de Azevedo

˙ · A Casa da Imagem, museu ligado à Secretaria Municipal de Cultura, inaugura no dia 22 de setembro, sábado, às 11 horas, a mostra 'A cidade desaparecida de Militão Augusto de Azevedo', com 80 imagens do primeiro fotógrafo que registrou a paisagem urbana paulista. Na ocasião, a Casa da Imagem também promove o lançamento do livro Militão Augusto de Azevedo, concebido em coedição com a Cosac Naify, com textos de Rubens Fernandes Junior, Heloisa Barbuy e Fraya Frehse. As mostras ficam em exibição até o dia 25 de novembro.
Organizada por Henrique Siqueira e Monica Caldiron, a mostra fotográfica resgata uma cidade desaparecida, da qual sobraram poucas igrejas, o traçado de algumas ruas e as fotografias produzidas por volta de 1862. Esta cidade contabilizava menos de 30 mil habitantes e encontrava-se na iminência de profundas adaptações às necessidades da modernidade e da nova ordem econômica.
A exibição também comemora os 150 anos das primeiras vistas urbanas da cidade, produzidas por Militão na ocasião em que fixou residência na cidade. Soma-se a série de 1862, imagens produzidas em 1887 para o Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo 1862-1887, pouco antes do autor encerrar as atividades do seu estudio Photographia Americana. Para esta exposição foram selecionados documentos catalográficos, três negativos de vidro e 80 das 113 fotografias da Coleção Militão Augusto de Azevedo, sob guarda da Casa da Imagem, além da exibição do Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo 1862-1887 pertencente à Biblioteca Mário de Andrade.
Para Siqueira, Militão “soube associar o cotidiano das ruas e a perspectiva de transformação presente em seu tempo à possibilidade que a fotografia oferecia para registrar a cidade, produzindo o primeiro inventário visual urbano e social da metade do século XIX”. Ao relacionar imagens capturadas do mesmo local em tempos diferentes, o autor propos uma metodologia de comparação histórica.

Militão Augusto de Azevedo (Rio de Janeiro RJ 18371 - São Paulo SP 1905).
Fotógrafo e ator. Tenta a sorte como ator e cantor lírico no Rio de Janeiro, entre 1858 e 1862, ano em que se muda para São Paulo e começa a fazer retratos e uma série de vistas da capital paulista para o estúdio Carneiro & Smith. É um dos retratistas da fotografia brasileira oitocentista mais produtivos, tendo realizado comprovadamente mais de 12.500 retratos ao longo de seus 25 anos de carreira. É como paisagista, porém, que se notabiliza, em virtude do “Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo: 1862-1887". Efetua ainda importante documentação sobre a cidade portuária de Santos, na década de 1870.

Exposição 'A cidade desaparecida de Militão Augusto de Azevedo'
Lançamento Militão Augusto de Azevedo
Abertura: 22 de setembro às 11h
Período expositivo: de 22 de setembro a 25 de novembro de 2012
Local: Casa da Imagem
Endereço: Rua Roberto Simonsen, 136-B – Centro - São Paulo- SP
Horários de funcionamento: de terça-feira a domingo, das 9 às 17 horas
Telefone: (11) 3106-5122
Entrada gratuita e livre para todos os públicos


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IMAGENS da EXPOSIÇÃO "A cidade desaparecida de Militão Augusto de Azevedo"
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Militão Augusto de Azevedo na Casa da Imagem




exposição "A CIDADE DESAPARECIDA DE MILITÃO AUGUSTO DE AZEVEDO",
Informações aqui

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Rochelle Costi na Casa da Imagem

Start:     Sep 22, '12 11:00a
End:     Nov 25, '12 5:00p
Location:     Rua Roberto Simonsen 136-B - São Paulo/SP
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Ao Viajante l Clínica Oculística

            “Demolição do prédio. Grande liquidação”, anunciam cartazes na fachada do edifício à direta do negativo de vidro na Travessa da Esperança; ao lado, na cidade em plena transformação, dois letreiros chamam a atenção: “Ao viajante” e “Clínica oculística”. Belas pistas para seguir atravessando o território proposto por Rochelle Costi na Casa da Imagem.
            Os negativos, fotografias de Aurélio Becherini [1], assim como as fichas de B. J. Duarte [2], aparecem fotografados dentro da área de estocagem e preservação. Cidade dentro de fichas, dentro de salas, como lugares inesperados vislumbrados na caixa-cápsula prenhe de tantos relatos. Sobreposições de tempos e espaços que encanta pelo ordinário da vida naquilo que ela pode trazer de extraordinário. Levam a uma espécie de suspensão típica de quando revisitamos, surpresos, paisagens esquecidas e, com alegria e certo susto, reconhecemos novas paisagens.
            No centro da sala, em certa “desordem”, encontram-se seis arquivos. Ao bordejá-los com atenção, descobrem-se inseridos, de modo improvável, olhos mágicos. O dispositivo ótico amplia e distorce a profundidade da gaveta reinventando sua escala. Transforma equipamentos de fotografia analógica, recolhidos no acervo do museu, em um distante e inesperado panorama animado.
            Com objetos que até pouco tempo faziam parte do cotidiano da prática fotográfica, esses velhos, agora novos, artefatos, criteriosamente construídos, sofisticadamente iluminados, surgem como paisagens mágicas: reais e ficcionais. Ocupam o centro da sala de modo aparentemente aleatório, em um estágio de suspensão em que as coisas, fora do lugar, anunciam sua potencial partida ou sua iminente chegada. E tudo a girar, a girar, a girar…
            Na fronteira entre memória e esquecimento, na forma engenhosa em que esquecer a literalidade do fato abre caminho para o novo e, ao mesmo tempo, lembrar nos permite não esquecer de nós mesmos, o passado, na obra de Rochelle Costi, parece ter esquecido que passou.

[1]Becherini foi um fotógrafo preocupado com tudo aquilo que estava em vias de desaparecer e, ao mesmo tempo, com as novidades que adentram o espaço urbano.” FERNANDES JÚNIOR, Rubens. Aurélio Becherini. São Paulo: Cosac Naify, 2007. Qualquer semelhança com Rochelle Costi não é mera coincidência! O primeiro negativo, Rua Marechal Deodoro, 1910; o segundo, Vale do Anhangabaú, 1912.
[2]Sobre o laborioso processo de catalogação na antiga seção de iconografia feito por B. J. Duarte, no qual esteve de 1934 a 1964, ver: DUARTE, B. J. Caçador de imagens. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

por Marta Bogéa
Arquiteta


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Tombo

˙ · A convite da Casa da Imagem, a artista Rochelle Costi exibe uma instalação com trabalhos inéditos realizados a partir de pesquisa com materiais do próprio arquivo da instituição, muitos dos quais estão no limiar na obsolescência ou mesmo em desuso. Seis arquivos suspensos de metal têm suas gavetas superiores convertidas em reduzidos espaços expositivos, que podem ser observados por um olho mágico, para a instalação de instrumentos e materiais ligados à acervos de fotografia analógica como carrosséis de slides, carretéis de filmes e espirais de revelação. Além dos arquivos, a artista exibe fotos das detalhadas fichas de catalogação do acervo da Casa da Imagem, produzidas por Benedito Junqueira Duarte a partir de 1938; uma câmera escura apontada para uma das vistas da sala, e uma ampliação em acrílico de 100×170cm de fotografia onde retrata o próprio espaço do arquivo.
Segundo Henrique Siqueira, Rochelle Costi “criou dispositivos para observar a transição da tecnologia fotográfica, articulando objetos que até uma década atrás pertenciam ao nosso dia-a-dia mas que, na atualidade, perderam seu uso e função na fotografia e estão sendo guardado nas prateleiras mais altas das instituições. Tombo:, o título da instalação, também remete ao recente inventário dos equipamentos analógicos elaborado pela Casa da Imagem e seu tombamento, e a retirada de circulação das fichas catalográficas em papel que, substituídas pelo banco de dados, estão sendo guardadas como objeto de acervo. Ao criar dispositivos óticos que focam estes objetos, Costi sugere ao observador um olhar mais crítico as iminências de desaparecimento.

Rochelle Costi (Caxias do Sul – RS, 1961)
Vive e trabalha em São Paulo. Fotógrafa e artista multímidia. Forma-se em comunicação social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC/RS, Porto Alegre, em 1981. Freqüenta ateliês de arte na Escola Guignard e um curso de extensão sobre processos fotográficos do século XIX na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG . De volta a Porto Alegre, faz instalações com fotografias e objetos que coleciona, tais como cinzeiros, malas, vidros e lâmpadas. Em 1983, realiza a mostra individual Tentativa de Vôo, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli - Margs e, a partir de então, expõe em outros Estados do Brasil. Nessa época, atua como fotógrafa de teatro e música. Vive em Londres, entre 1991 e 1992, período em que estuda na Saint Martin School of Art [Escola de Arte San Martin] e na Camera Work. Participa da 24ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1998, e das 6ª e 7ª Bienais de Havana, em 1997 e 1999, entre outras mostras internacionais. Em 1997, recebe o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Fundação Nacional de Arte - Funarte e, três anos depois, a Bolsa de Artes da Fundação Vitae. Realizou exposições individuais em importantes espaços instituições como Museu de Arte do Rio Grande do Sul - Margs, Museu da Imagem e do Som - MIS SP, Instituto Tomie Ohtake, Centro Universitário Maria Antonia - Ceuma, CCBB São Paulo e Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM SP, entre outros.

Instalação Tombo:
Abertura: 22 de setembro às 11h
Período expositivo: de 22 de setembro a 25 de novembro de 2012
Local: Casa da Imagem
Endereço: Rua Roberto Simonsen, 136-B – Centro - São Paulo- SP
Horários de funcionamento: de terça-feira a domingo, das 9 às 17 horas
Telefone: (11) 3106-5122
Entrada gratuita e livre para todos os públicos


Fontes: Rochelle Costi, e Décio Hernandez Di Giorgi (Adelante Comunicação Cultural)


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IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Tombo:"
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Rochelle Costi na Casa da Imagem




exposição "TOMBO:",
Informações aqui

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terça-feira, 11 de setembro de 2012

domingo, 9 de setembro de 2012