quinta-feira, 22 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

'5+5' na DConcept

Start:     Nov 21, '12 7:00p
End:     Dec 21, '12 7:00p
Location:     Alameda Lorena 1257 - São Paulo/SP
.
Cinco fotógrafos do dconcept convidam outros cinco artistas para exporem no escritório de arte
Mostra coletiva “5 + 5” estabelece diálogos entre diferentes produções fotográficas

˙ · Participam da mostra os pares Ana Nitzan e Pietro Ghiurghi, Catherine Ferraz e Marcio Simnch, Edu Rodrigues e Guto Seixas, Lucas Lenci e Fran Parente, e Marcos e Thelma Vilas Boas. Abertura no dia 21 de novembro, quarta feira, às 19 horas.
O dconcept escritório de arte inaugura no dia 21 de novembro, quarta feira, às 19 horas, a mostra coletiva de fotografia “5 + 5”, com obras de cinco fotógrafos representados pelo escritório e de outros cinco artistas convidados por estes. São apresentadas no total 12 obras impressas em papel algodão e duas impressões em lambe-lambe de grande formato. A mostra conta com texto de apresentação da crítica e curadora Juliana Monachesi.
Diferentemente das mostras que vem exibindo nos últimos anos, na mostra coletiva “5 + 5”, muitas delas com curadoria assinada por críticos de arte, desta vez o escritório de arte aposta num formato de curadoria em que cada um dos cinco fotógrafos representados convida um artista cuja produção dialoga com a sua.
Dentre os artistas que fazem parte da galeria, selecionamos os que vêm desenvolvendo ao longo dos últimos anos trabalhos estritamente fotográficos ou que utilizam a fotografia como suporte. Levamos em conta a questão artista-fotógrafo ou fotógrafo-artista, mas com a intenção predominante e principal de mostrar fotografia, cada um dos cinco convidou um artista de fora”, declara Cecilia Isnard, diretora do dconcept.

Exposição: 5 + 5, coletiva de fotografia
Abertura: 21 de novembro, quarta feira, das 19h às 22h30 

Período expositivo: de 22 de novembro a 21 de dezembro de 2012

dconcept escritório de arte

Alameda Lorena, 1.257 G 1/C 3(Vila Flávio de Carvalho)
01424-001 - Jardim Paulista, São Paulo – SP

Horários: de segunda a sexta-feira, das 14h às 19 horas; e sábados, das 11h às 15 horas
Telefone (11) 3085-5006
Entrada gratuita e livre




Fonte: 
Décio Hernandez Di Giorgi (
Adelante Comunicação Cultural
)


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "5 + 5"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

'5+5' na DConcept


Fotografia s/ papel algodão, 130×180cm

exposição "5+5",
Informações aqui

.

Candida Höfer na Leme

Start:     Nov 21, '12 7:00p
End:     Dec 22, '12 5:00p
Location:     Av. Valdemar Ferreira 130 - São Paulo/SP
::
Luz, Linhas, Lugares

            "Luz" (light) é sempre a primeira coisa que me atrai em um espaço. "Linhas" (lines) não são somente as linhas geométricas que constroem um espaço mas também as linhas que conectam tradições culturais. E "Lugares" (places} descreve para mim a singularidade de cada um dos espaços que tive o privilégio de vivenciar.
            A primeira vez que estive no Brasil - por um convite de Alfons Hug, diretor do Goethe Institut Rio de Janeiro - fiquei fascinada com a diferença na similaridade: Eu estive viajando anteriormente por Portugal e visitando palácios, igrejas e outros lugares por lá - mas aqui no Brasil a luz era tão diferente, o ouro era dourado não só em substância mas em seu brilho. Todas as cores pareciam respirar livremente aqui. Foi esta atitude perante a luz que eu vivenciei tanto nos prédios históricos como na arquitetura contemporânea deste país.


por Candida Höfer
Artista


.
A Galeria Leme tem o prazer de apresentar Luz, Linhas, Lugares; uma exposição individual de Candida Höfer

Sobre a artista
Candida Höfer (Eberswalde, Alemanha, 1944). Vive e trabalha em Colônia. Candida Höfer estudou na Kunstacademie de Düsseldorf, à principio Cinema com Ole John e depois Fotografia com Bernd Becher. Seu trabalho já foi exposto em museus como o Kunsthalle Basel, Kunsthalle Berne, Portikus em Franfurt, MoMA em Nova York, Power Plant em Toronto e Kunsthaus Bregenz e Museum Ludwig em Colônia. Em 2002 Candida participou da Documenta 11 em Kassel e em 2003 representou a Alemanha na Bienal de Veneza, ao lado do falecido Martin Kippenberger.

Galeria Leme
Abertura: 21 de novembro – 19h
Até 22 de dezembro, 2012
Av. Valdemar Ferreira, 130 - São Paulo | Brasil
De segunda à sexta-feira das 10h às 19h, e sábados das 10h às 17h
+55(11) 3093-8184 | e-mail


Fonte: Fernando Lopes (Galeria Leme)


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Luz, Linhas, Lugares"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

Candida Höfer na Leme


50×59,5cm, Ed. 6

exposição "LUZ, LINHAS, LUGARES",
Informações aqui

.

'Um olhar sobre O Cruzeiro' no IMS

Start:     Nov 22, '12 7:30p
End:     Mar 31, '13 6:00p
Location:     Rua Piauí 844 - São Paulo/SP
.
Instituto Moreira Salles de São Paulo abre exposição As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre O Cruzeiro (1940-1960)
Mostra reúne imagens de grandes fotógrafos que trabalharam para a revista, como Jean Manzon, José Medeiros, Luciano Carneiro, Peter Scheier, Marcel Gautherot, Pierre Verger, Flávio Damm, Luiz Carlos Barreto e Henri Ballot

˙ · O Instituto Moreira Salles de São Paulo abre em 22 de novembro, às 19h30, a exposição As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre O Cruzeiro (1940-1960), com mais de 400 imagens e matérias que revelam a história da principal revista ilustrada brasileira do século XX, e que foi decisiva para a implantação do fotojornalismo no país. A exposição tem como fio condutor a relação entre as imagens produzidas pelos fotógrafos e as fotorreportagens tal como foram publicadas. Essa abordagem tem como foco as décadas de 1940 e 1950, período de maior atividade e difusão da revista. A curadoria da mostra é da professora e curadora do Museu de Arte Contemporânea da USP, Helouise Costa, e de Sergio Burgi, coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles. A mostra ficou em cartaz no IMS-RJ entre julho e outubro deste ano e segue para Poços de Caldas depois de passar por São Paulo.
Na exposição, serão apresentadas algumas das contribuições de Jean Manzon, José Medeiros, Peter Scheier, Henri Ballot, Pierre Verger, Marcel Gautherot, Luciano Carneiro, Salomão Scliar, Indalécio Wanderley, Ed Keffel, Roberto Maia, Mário de Moraes, Eugênio Silva, Carlos Moskovics, Flávio Damm e Luiz Carlos Barreto. Muitas das imagens pertencem ao acervo IMS. Outras foram cedidas por outros arquivos: jornal Estado de Minas, Fundação Pierre Verger, APESP (Acervo Público do Estado de São Paulo), Coleção Samuel Gorberg e os acervos pessoais de Luiz Carlos Barreto e Flávio Damm.
Publicada pelos Diários Associados, empresa de comunicação pertencente a Assis Chateaubriand, a revista O Cruzeiro foi lançada em 1928 como uma publicação semanal de variedades, de circulação nacional. Tornou-se um dos mais influentes veículos de comunicação de massa que o país já conheceu. No início da década de 1940, incorporou o modelo da fotorreportagem, tornando-se pioneira na implantação do fotojornalismo no Brasil.
Como afirmam os curadores, “o período da Segunda Guerra Mundial foi marcado por transformações sociais profundas que colocaram questões éticas contundentes no terreno da política de maneira geral e no campo da fotografia em particular. Uma das consequências foi a disputa entre duas diferentes concepções de fotojornalismo, materializada no cenário internacional a partir da fundação da Agência Magnum em 1947, e que teria forte repercussão na revista O Cruzeiro. De um lado situavam-se os fotógrafos integrados às condições do mercado, que entendiam que suas fotografias deveriam atender às demandas do sistema de comunicação de massa para conquistar o público. De outro, os fotógrafos que defendiam uma abordagem humanista do fotojornalismo e buscavam produzir um tipo de fotografia de cunho autoral comprometida com certas causas ou, no mínimo, menos sensacionalista. O que unia essas duas tendências era o grande domínio do código fotográfico e a utilização de uma linguagem moderna”.
A exposição busca também refletir sobre o conceito de fotojornalismo. Em geral busca-se defini-lo como sendo o uso de fotografias e textos relacionados para representar acontecimentos da atualidade de acordo com certas estruturas narrativas. Esse critério, no entanto, diz respeito somente ao contexto de apresentação das imagens. Para compor a mostra em cartaz no IMS-SP, o fotojornalismo foi considerado pelos curadores como uma forma de representação social historicamente determinada e, portanto, em constante transformação. Um fenômeno ativo da vida social, conformador de visões de mundo e orientador das atitudes de indivíduos. No caso de O Cruzeiro, a exposição busca entender o seu papel social nos anos de 1940 e 1950 no Brasil. O questionamento do papel social do fotojornalismo e dos limites éticos de atuação dos profissionais da área tornou-se possível no Brasil a partir do término da Segunda Guerra, do fim do Estado Novo em 1945 e da abertura política daí decorrente. O advento de um fotojornalismo mais ágil e participativo, em contraposição ao encenado praticado por Jean Manzon, ganharia força na revista O Cruzeiro, a partir de então, pelo empenho de fotógrafos como José Medeiros, Luciano Carneiro, Flávio Damm, Luiz Carlos Barreto e Eugênio Silva. A saída de Jean Manzon da revista em 1951 iria contribuir para consolidar essa nova orientação. No lugar de uma fotografia posada e essencialmente simbólica, impunha-se agora uma fotografia mais espontânea, baseada nos princípios da veracidade. Tratava-se de uma mudança de paradigma, cujas causas não se encontram na fotografia, nem muito menos na mídia, mas no investimento coletivo da sociedade brasileira em se reconhecer ou não em determinados tipos de representação.

Temas da exposição
Em As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre O Cruzeiro (1940-1960) será possível reconhecer os principais temas recorrentes nas páginas da revista ao longo das duas décadas analisadas. As informações abaixo, extraídas dos textos dos curadores da mostra, resumem cada um deles.
— A temática indígena: o índio é uma constante nas fotorreportagens de O Cruzeiro. Inaugurado em 1944 pela fotorreportagem de Jean Manzon e David Nasser sobre uma comunidade xavante nunca antes contatada, o tema do índio ganharia, nos anos seguintes, a contribuição de outros fotógrafos, em especial de José Medeiros e Henri Ballot.
— A imprensa e o sistema de arte: a virada das décadas de 1940 e 1950 no Brasil foi marcada pela fundação de importantes instituições culturais, como o Masp (1947), em São Paulo, e o MAM do Rio de Janeiro (1948). Embasados no discurso da democratização da arte, esses empreendimentos foram resultado da iniciativa privada. Quando Assis Chateaubriand criou o Masp, estabeleceu um estreito vínculo entre a dinâmica do sistema de arte local e os interesses da indústria de comunicação de massa. Não por acaso, O Cruzeiro publicaria constantemente fotorreportagens sobre o museu.
— A política na fronteira entre o público e o privado: os vínculos de Getúlio Vargas com O Cruzeiro remontam ao pedido de auxílio financeiro feito por Assis Chateaubriand, no final dos anos 1920, para o lançamento da revista. Vislumbrando os benefícios que poderia obter com a publicação, o então ministro da Fazenda intermediou a cessão dos recursos solicitados em troca de apoio político. Dali por diante, as relações de O Cruzeiro com Vargas seriam caracterizadas pela instabilidade. As matérias sobre o político gaúcho iam da adesão irrestrita aos ataques diretos, passando por momentos de apoio tácito.
— Faits divers e fotorreportagens seriadas – entre a notícia e a ficção: um dos muitos recursos utilizados pelas revistas ilustradas para atrair o interesse dos leitores era a publicação de reportagens ligadas ao universo dos chamados faits divers. O termo, de origem francesa, foi incorporado ao vocabulário do jornalismo para se referir a reportagens sobre temas que não se enquadram nas editorias tradicionais e têm pouca relevância social e política. A revista O Cruzeiro abriu um amplo espaço aos faits divers em suas fotorreportagens. Nessa linha investiu também em reportagens seriadas de média ou longa duração. Entre as séries mais conhecidas podemos citar o Crime do Sacopã ou o Casamento da índia Diacuí. As séries estimulavam o consumo regular da revista e induziam o público a colecioná-la.
— Fotojornalismo, arquivo e memória: O legado do fotojornalismo no Brasil ainda está longe de ser efetivamente conhecido. Embora se constitua em um certo relato sobre a atualidade, ele não pode considerado um simples suporte de informações objetivas. O fotojornalismo moderno produzido no Brasil entre os anos de 1940 e 1950 apresenta-se hoje como um passado distante, cujos vestígios estão abrigados em arquivos públicos e privados, de naturezas e proveniências diversas. É necessária uma reflexão sobre a importância dos arquivos gerados pelo fotojornalismo e sobre as indicações que oferecem para melhor compreendermos a complexidade histórica de sua prática.

As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre O Cruzeiro (1940-1960)
Abertura: 22 de novembro de 2012, às 19h30
Exposição: de 23 de novembro de 2012 a 31 de março de 2013
De terça a sexta, das 13h às 19h
Sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h
Entrada franca
Classificação livre
Instituto Moreira Salles – São Paulo
Rua Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis
Tel.: (11) 3825-2560 | Blog do IMS | Twitter do IMS


Fonte: Nathalia Pazini (IMS)


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre O Cruzeiro"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

'Um olhar sobre O Cruzeiro' no IMS


Crédito: José Medeiros/ Acervo Instituto Moreira Salles

exposição "AS ORIGENS DO FOTOJORNALISMO NO BRASIL: UM OLHAR SOBRE O CRUZEIRO",
Informações aqui

.

3º Prêmio Belvedere Paraty de Arte Contemporânea

Start:     Nov 16, '12 6:00p
End:     Nov 25, '12 6:00p
Location:     Rua Marechal Deodoro 340 - Parati/RJ
.
O Prêmio Belvedere Paraty de Arte Contemporânea chega à sua terceira edição
Vários eventos acompanharão a cerimonia de premiação, fazendo com que a cidade colonial ganhe, por uma semana, roupagem contemporânea

˙ · Na Galeria Belvedere acontecerá a exposição dos 30 finalistas selecionados pelo comité de júri (Regina Silveira, Luciana Brito, Claudia Saldanha, Denise Mattar, Renata Rosa). A premiação será na Casa da Cultura o sábado 17 de novembro, o troféu, realizado por Patrick Allien, será entregue pela mão de João de Orleans e Bragança.
Um dos pontos altos é a presença de grandes artistas, como a consagrada Regina Silveira, convidada de honra, que apresentará uma exposição na Casa da Cultura.
Mônica Nador é outro nome de destaque: artista paulista reconhecida internacionalmente por seu trabalho social, ficará dez dias na cidade realizando uma pintura mural junto aos alunos e professores da escola do Cembra.
Claudia Melli, artista com fortes ligações com a cidade de Paraty, apresentará um trabalho especificamente elaborado para o evento.
AoLeo, artista vencedor da 2ª edição do Prêmio Belvedere terá uma exposição de suas fotografias na sala do IPHAN.
A programação ainda prevê que cinco artistas, todos participantes das primeiras duas edições do Prêmio, ficarão uma semana em Paraty, em residência, trabalhando com artistas locais. Esses artistas convidados são Paulo von Poser, Fábio Baroli, Carolina Paz, Cristina Suzuki, Fernanda De Araújo, os artistas anfitriões são Lauro Monteiro, Dalcir Ramiro, Patricia Sada, Célia Flud e Milton Mota.
E como não poderia deixar de ser, Paraty receberá seus convidados especiais e os visitantes deste 3º Prêmio Belvedere com muitos artistas da cidade abrindo exposições em seus ateliês no Centro Histórico. Entre eles Renata Rosa, Studio Bananal com Fernando Fernades e Sergio Atilano, Aécio Sarti, Patrícia Gibrail, Patrick Allien, Ricardo Inke e José Andreas.
Completando a programação, haverá palestras e encontros com artistas e personalidades da arte contemporânea, com destaque para as presenças de Cláudia Saldanha, diretora da Escola de Arte Visual do Parque Lage de Rio de Janeiro; Denise Mattar, curadora; Luciana Brito, reconhecida galerista de São Paulo.

Programação
Sexta-feira, 16 de novembro 2012
18h às 23h – EXPOSIÇÕES NO CENTRO HISTÓRICO
20h – Casa da Cultura: INAUGURAÇÃO, com palestra de Regina Silveira (convidada de honra)
20h às 23h – em frente a Casa Cultura: performances de inauguração com a Cia. DançanteAto sob direção de Vanda Mota, e "Dona Geralda", interpretada por Ana Rocha
Projeções “TUDO O QUE ACONTECE”: 22h – Silo Cultural
Brinde de abertura

Sábado, 17 de novembro 2012
11h às 20h – EXPOSIÇÕES NO CENTRO HISTÓRICO
11h – Casa da Cultura: Encontro com Mônica Nador “Autoria compartilhada”, sobre a oficina com alunos e professores do CEMBRA
15h – Casa da Cultura: Encontro com Luciana Brito, “Porque colecionar arte contemporânea"
16h30 – Casa da Cultura: Encontro com Cláudia Saldanha, "O Jardim da ação", o ensino da arte na EAV Parque Lage do Rio
18h – Casa da Cultura: Encontro com Denise Mattar, “A curadoria cura o que?”, os espaços e os discursos da arte
20h – Casa da Cultura: Premiação do 3º Prêmio Belvedere Paraty de Arte Contemporânea, sorteio de uma obra de Emanoel Araujo para os patronos da Belvedere
21h – Galeria Belvedere: exposição dos FINALISTAS do prêmio
20h às 23h – Projeções “TUDO O QUE ACONTECE”, em frente à galeria Belvedere

Domingo, 18 de novembro 2012
11h às 20h – EXPOSIÇÕES NO CENTRO HISTÓRICO
As exposições ficam abertas até o dia 25 de novembro 2012


Fonte: Cesare Pergola


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "3º Prêmio Belvedere Paraty de Arte Contemporânea"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

3º Prêmio Belvedere Paraty de Arte Contemporânea




exposição "3º PRÊMIO BELVEDERE PARATY",
Informações aqui

.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

John Heartfield no Segall

Start:     Nov 24, '12 11:00a
End:     Feb 24, '13 7:00p
Location:     Rua Berta 111 - São Paulo/SP
::
Por um realismo crítico. John Heartfield e a história da arte

            Além de configurar um novo sentido espacial com base em fragmentos heterogêneos, a fotomontagem política é uma clara resposta à revolução trazida pela reprodutibilidade técnica da imagem. Heartfield transforma os meios técnicos de reprodução em meios diretos de produção de obras de arte, ao fornecer a cada leitor de A|Z um original saído da rotativa. A dialética único/múltiplo cai por terra, já que, em cada exemplar da revista, havia uma obra original concebida por Heartfield e seus colaboradores.
            Artista profundamente engajado na realidade social ele é figura determinante das vanguardas históricas, desenvolvendo normas práticas e artísticas, criando uma arte realista e crítica, uma expressão genuinamente política, a serviço da conscientização e do esclarecimento, sem resvalar no esquematismo e, pior ainda, numa ilustração meramente panfletária.


por Annateresa Fabris
Historiadora e crítica de arte


.
Museu Lasar Segall expõe 50 obras do fotógrafo John Heartfield publicadas na revista A|Z de Berlim do período de 1930 a 1938

˙ · O Museu Lasar Segall (IBRAM - MinC) apresenta a exposição John Heartfield - Fotomontagens, pela primeira vez no Brasil, 50 fotomontagens produzidas pelo fotógrafo alemão John Heartfield (1891-1968) para a revista A|Z de Berlim (Arbeiter-Illustrierte-Zeitung, Revista Ilustrada do Trabalhador), do acervo do Instituto Valenciano de Arte Moderna (IVAM). A exposição, que irá ocorrer a partir de 24 de novembro de 2012 até 24 de fevereiro de 2013, é uma parceria entre o Museu, o IVAM e o Museus Castro Maya do Rio de Janeiro. Este último receberá uma itinerância da mostra a partir de 1º de março até 13 de maio de 2013.
Entre 1930 e 1938, Heartfield produziu 237 fotomontagens a partir da técnica de rotogravura e tipografia para a revista AIZ. As cinquenta obras escolhidas para compor a mostra pertencem a publicações originais da época. Durante estes anos a revista chegou a distribuir mensalmente dez mil exemplares, e em 1936 a revista passou a se chamar Volks Illustrierte (Revista Ilustrada do Povo), abreviada VI. A publicação era feita pela editora Malik, que foi fundada pelo artista e seu irmão Wieland Hezfeld em 1917. A primeira publicação realizada pela editora foi a Neue Jugend que contou com a colaboração de George Grosz, com quem Heartfield desenvolveu parceria em inúmeros trabalhos, e a mostra contará com duas páginas desta revista.
Heartfield é apontado como “Montador Dadá” sendo um dos líderes mais ativos do grupo Dadá, em Berlim. Designer gráfico, cenógrafo e promotor cultural o artista é considerado o fundador da fotomontagem política, e desenvolveu grande produção influenciada por Goya e Daumier e pelas propostas das colagens cubistas de Picasso e Braque.
O artista nasceu em 19 de junho de 1891, em Berlim, e foi registrado com o nome de Helmut Herzfeld, mas adota, em 1916, o nome John Heartified em protesto contra as atitudes xenófobas da sociedade alemã contra a Inglaterra.
Heartfield inicia seus estudos de pintura com Herman Bouffier, e em 1912 ingressa na Escola de Artes e Ofícios de Munique, e em 1913 na Escola de Arte e Artesania de Berlim-Charlottenburg.
Em 1933, com a ascensão do regime nazista, vai para Praga de onde é extraditado em 1938 para a Alemanha. Viaja para Londres, onde expõe seus trabalhos, e a partir de 1939 fixa residência até 1950 trabalhando para várias editoras. Regressa após a segunda guerra para a Republica Democrática Alemã, realizando, entre outras atividades, desenhos gráficos e cenários para o Berliner Ensemble de Bertolt Brecht. Heartfield falece em 1968.

Museu Lasar Segall – Idealizado por Jenny Klabin Segall – viúva de Lasar Segall – foi criado em 1967 por Mauricio Segall e Oscar Klabin Segall, filhos do artista. Hoje, integra o Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM, do Ministério da Cultura – MinC, como unidade museológica. Seu principal objetivo é conservar, pesquisar e divulgar a obra de Lasar Segall. Com um acervo de 3.000 trabalhos do artista, o museu é um atuante centro de atividades culturais, nas áreas de gravura, fotografia, criação literária, além de abrigar uma biblioteca especializada em teatro, ópera, dança, cinema, fotografia, rádio e televisão, e extensa documentação sobre a vida e a obra de Lasar Segall. O Museu conta ainda com uma sala de cinema de 92 lugares, o Cine Segall, em que são exibidos filmes do circuito de São Paulo.

Exposição: John Heartfield - Fotomontagens
Coordenação geral do projeto e seleção de obras: Jorge Schwartz e Marcelo Monzani
Período: 24 de novembro de 2012 a 24 de fevereiro de 2013
Museu Lasar Segall
Rua Berta 111 - Vila Mariana – São Paulo
Telfone +55(11) 5574-7322
Aberto diariamente das 11h às 19h; fechado às terças


Fonte: Selene Cunha (Museu Lasar Segall)


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Fotomontagens"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

John Heartfield no Segall




exposição "FOTOMONTAGENS",
Informações aqui

.

Avani Stein na Ímã

Start:     Nov 13, '12 8:00p
End:     Jan 19, '13 5:00p
Location:     Rua Fradique Coutinho 1239 - São Paulo/SP
::
Jam Stein – Jazz aqui é rave

            A arte de Avani Stein rompe a incômoda linha divisória - imaginária, que separa a Fotografia da Arte Contemporânea.
            Avani abandonou o fotojornalismo de qualidade já nos anos 90 - quando era comparável à Maureen Bisilliat e à Claudia Andujar - para abraçar as artes com recursos que dessem vazão, ao seu incontrolável desejo expressivo.
            A fotografia foi, assim, apenas um, entre os muitos elementos, suportes e materiais que constituem sua obra vasta e diversificada. Além de imagens selecionadas de seu baú de fatos e lembranças, Avani utiliza canetas hidrográficas, tintas várias, estiletes, agulhas e interfere com linha, borda, costura e arranha a imagem como quem cuida de feridas, como quem constrói patchworks e infesta com micróbios da fuzarca a imagem desinfeta.
            Mas a arte de Avani Stein, originada no campo da Fotografia, não se curva à arte de escrever com luzes, contamina a mídia, fere o corpo do papel e subverte o ‘mundinho careta’ da fotofashion.
            Se suas paisagens, naturezas semi-mortas e personagens maculados constituem uma galeria de frames fantasmagóricos, a arte vasta de Avani adquire também climas de arte tecida, de mundos bordados e entrelaçados em construções ‘penelopianas’ que a aproximam de artistas – que eu me lembro agora - como Louise Bourgeois (Fr 1911- US 2010), Sheila Hicks (US 1934) e Artur Bispo do Rosário (Br 1911- 1989) – os dois últimos presentes na #30bienal de São Paulo), colocando-a à nível de grandes nomes da arte contemporânea.
            Com longa trajetória no campo da imagem, Avani Stein acumula décadas de vida e arte em obra singular e, ao mesmo tempo, templo da compulsão e da devoção, do engenho, da poética dos retalhos e dos pontos em cruz.
Avani Stein, não obstante, aceitou o desafio proposto por Egberto Nogueira e produziu série de trabalhos especialmente para esta mostra, com suas improvisações aliadas a grandes gênios do jazz, paixão de tantos entre nós. Em suas mãos encantadas, com processos ácidos que penetram fundo e sensualmente a pele dos retratos, estão manjares visuais a partir de fotos icônicas de Thelonius Monk, John Coltrane, Milles Davis, Nina Simone e Billie Hooliday, entre outros, no melhor estilo Warhol.
            Avani deu assim - de corpo e alma - asas aos seus delírios, aos nossos delírios e improvisos, para oferecer uma coleção que aproxima todas as paixões. Mas, o fascínio maior desta exposição é presenciarmos esta jam session muito além das imagens referentes, na qual a arte de Avani Stein se reinventa a cada novo dia, a cada nova manhã.


por Paulo Klein
Fotógrafo e Crítico de Arte — Association Internationale Des Critique D’ Art, Paris — Associação Brasileira de Críticos de Arte, SP


::
As novas fotos impossíveis de Avani Stein

            Acreditem ou não, Avani Stein já teve quatro vidas. Na primeira vida Avani é uma jovem judia do Hashomer Hatzair. Um movimento de esquerda rumo a Israel, comportamento espartano e anti burguês.
            Na segunda vida, Avani é uma dona de casa burguesa casada com um industrial cercada de criadas e que jamais coloca o pé na cozinha. Nem tem nada a fazer.
            Na terceira vida, ela troca o marido industrial por um repórter desempregado alguns anos mais novo que ela. Nasce a Avani fotógrafa. Suas fotos são capas dos jornais mais badalados do Brasil: Folha de S. Paulo e Jornal da Tarde. Ela é reconhecida por seus retratos em preto e branco. É disputada pelas publicações. É a fotógrafa das fotos impossíveis.
            O Paulo Patarra e o Hamilton Almeida Filho queriam uma foto do Zé Bétio, o homem do chapéu, para o primeiro número de Repórter 3, em 1978. Missão para Avani. As palavras mágicas que a mobilizaram. “Ninguém jamais fotografou o Zé Bétio. Ele não deixa. É muito feio. Será que você consegue?” Ela foi atrás com a ideia fixa de fotografar o que era proibido. Entrou no estúdio da Rádio Record, aproveitou um momento de distração e deu o click fatal. Ele reagiu, tentou agarrar, exigiu o filme de volta. Avani entregou. Mas o filme velado. A foto saiu com a legenda em letras garrafais: furo jornalístico. Depois o homem do chapéu ficou amigo de Avani, convidou para jantar na fazenda. As fotos também podem ter duas versões? Podem. Avani descobriu que podem.
            Na quarta vida ela rompe com o jovem e talentoso repórter para recuperar a sua identidade. As fotos não são apenas registros. Agora, elas têm marcas, riscos, tinta, raiva, doçura, paixão. Duas ou mais versões.
            BARDI NO CHÃO – Não a vejo há anos, ela é ainda a mesma. Usa aqueles óculos que se transformam em seus olhos, é mignon e fala gauchês, esse idioma que não é falado, mas cantado. Linda, bela, gostosa – eram três palavras que podiam ser aplicadas a ela. E a quarta e quinta: puta fotógrafa! Imprevisível. Um dia, o Pietro Maria Bardi a agarrou pelo braço e saiu correndo com ela num espaço do MASP. A certa altura, ela brecou e ele se esborrachou no chão! Na Praia da Ferrugem Avani se encontra com o que faz de melhor. “Trabalhadora e criadora” é como ela gosta de ser chamada por ela própria.
            Avani mergulha nas fotos como numa espiral do tempo. Produz em estado quase febril dezenas de trabalhos que elabora mediante uma nova técnica que ela criou. Por meio dela, Avani faz desaparecer o real e coloca em seu lugar a fantasia desenfreada. Produz, desde 1995, os trabalhos agora exibidos em conjunto, pela primeira vez, na exposição da Ímã Foto Galeria. As novas fotos impossíveis de Avani Stein.


por Alex Solnik
Jornalista


A Ímã Foto Galeria apresenta exposição da fotógrafa e artista visual, Avani Stein
'Poética dissonante' é o nome da mostra que Avani Stein abre dia 13 de novembro terça feira, as 20 horas na Imã, com show ao vivo da blue note years

˙ · Ao todo 36 obras serão apresentadas nesta exposição.
A abertura dia 13 de novembro conta show da Blue Note Years. Contemplando os grandes clássicos da gravadora Blue Note, o grupo revive os anos 50 e 60, época de ouro do jazz e de seus grandes ícones, com temas de: Lee Morgan, Thelonious Monk, Cedar Walton, entre outros. Formação: Cássio Ferreira (saxofone), Lupa Santiago (guitarra), Thiago Alves (baixo acústico) e Vitor Cabral (bateria).
Dia 23 de novembro, sexta feira as 20 horas mais uma apresentação musical com Vitor Cabral & Convidados. Vitor Cabral, baterista que já dividiu palco com Ed Motta, Hélio Delmiro, Roberto Sion, Bocato, Filó Machado, entre outros, convida Marcos Romera (piano) e Karlãum Bonitátibus (baixo), dois grandes músicos que tocaram com Wilson Simonal para apresentar um repertório especialíssimo de samba-jazz.

Coleção Avani Stein “Poética Dissonante“
Abertura p/convidados: dia 13 de novembro as 20h
Ímã Foto Galeria
Rua Fradique Coutinho 1239, Vila Madalena
De 21 de novembro a 20 de janeiro 2013
Horário: de segunda à sexta das 10h às 19h e sábado das 10h às 17h
telefones: 99685-7688, 3816-1290 e 2594-3687, e-mail


Fonte: Egberto Nogueira


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Poética Dissonante"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

Avani Stein na Ímã




exposição "POÉTICA DISSONANTE",
Informações aqui

.

domingo, 11 de novembro de 2012

'Formas Curiosas de Respirar' na Contraponto

Start:     Nov 13, '12 7:30p
End:     Dec 15, '12 2:00p
Location:     Rua Medeiros de Albuquerque, 55 - São Paulo/SP
:
Quando abrir a porta e assomar a escada, saberei que lá embaixo começa a rua; não a norma já aceita, a floresta viva onde cada instante pode jogar-se em cima de mim como uma magnólia, onde os rostos vão nascer quando eu os olhar, quando avançar mais um pouco, quando me arrebentar todo com os cotovelos e as pestanas e as unhas contra a pasta do tijolo de cristal, e arriscar minha vida enquanto avanço passo a passo para ir comprar o jornal na esquina.
Julio Cortázar (História de Cronópios e Famas, 1964, p.16)

::
Formas Curiosas de Respirar

            Talvez a respiração se aproxime da linguagem poética. Respirar: ato contínuo, involuntário, que se alimenta de matéria abstrata, incontrolável e impalpável, que é o ar. Por meio de um método e de um procedimento transforma o ar em força motriz, força ativa. Respirar é afirmar a vida como relacional. É compreender a vida como interdependente; o ato de respirar transforma matéria intangível em libertação. Um procedimento similar ao da linguagem que convoca a matéria abstrata do caos para dar sentido a ele, para nomear, para relacionar e assim libertá-lo de sua condição carente de significado. Respirar é a afirmação de um diálogo natural do mundo, como a poesia. Quantas formas de respirar cabem nesse diálogo?
            O título da exposição provém de um livro que data dos anos 30. Se intitula The Wonder Book of Would you Believe it?. O livro é um clássico almanaque de histórias, fatos e dados estranhos e curiosos acerca da biologia, física, matemática, geografia e outros campos do conhecimento científico. O capítulo homônimo à exposição circunscreve a bichos e plantas que possuem procedimentos incomuns para respirar. Aparelhos respiratórios complexos, estratégias de sobrevivência que desafiam nosso conhecimento sobre o mundo e nos confrontam com realidades aparentemente estranhas.
            Como uma ação simples e ordinária, o respirar pode ser tão múltiplo no seu exercício. Como algo tão importante para os seres pode tornar-se refém do véu indiferente do cotidiano, do automatismo, das escolhas vazias do hábito? Será que poderíamos pensar em algo como uma nova ética do respirar? Do mesmo que pensou Ítalo Calvino em seu livro Seis Propostas para o Novo Milênio, no qual o autor italiano indica que devemos pensar uma nova ética da visão, novos modos de olhar o mundo. Como ver num mundo no qual a lente do habitual se faz presente sempre? De que modo o criador de imagens, das mais variadas formas, posiciona-se diante deste cenário? Como conseguir que os vestígios deixados pelo artista ao longo de um percurso não devaneçam tão instantaneamente? Que ele seja capaz de traçar linhas de fuga em uma paisagem cristalizada de sentidos, apesar da apropriação imediata do mundo e da saturação das imagens, que soterram as experiências.
            Julio Cortázar em seu livro Histórias de Cronópios e Famas cria um manual de instruções que nos dá pistas e nos indica como o gesto poético é capaz de evidenciar as lacunas, as fendas da linguagem, construindo novas analogias e, deste modo, novos mundos. O autor evidencia que o cotidiano pode e deve necessariamente ser colocado em xeque. De modo que o autor possa se lançar ao desafio poético, aos jogos de linguagem e ao risco da criação. Desta maneira, buscando formas curiosas de apreensão do mundo. Realizando uma operação de reinvenção, de transformação contínua do mundo - contínua quanto o respirar - como num eterno espelhamento, insinuando novas dimensões, novas ficções. E, assim, afirmar o invisível da vida e sua interioridade transbordante.
            Este pequeno almanaque aqui exposto é fruto de um percurso iniciado há alguns anos. Para alguns artistas, ele tem mais de trinta anos e para outros vinte e poucos. Ela não surgiu como uma faixa de terra ou ilha que se forma por meio de um erupção repentina de um vulcão. Ela sedimentou-se como um sambaqui, ao sabor do vento, que cresceu sem noção de limites e fica à mercê das intempéries. Os trabalhos habitarão este espaço durante um mês, arriscam-se a inserir novos contornos ao lugar, transformando-o ao longo de várias semanas, antes e depois da abertura ao público.
            Parafraseando Cortázar, sugerimos: para respirar, dirija a imaginação a você mesmo e, se isto lhe for impossível por ter adquirido o hábito de acreditar no mundo exterior, pense num pato coberto de formigas ou nesses golfos do estreito de Magalhães nos quais não entra ninguém, nunca. Duração média da respiração: de um a cinco minutos.


por Marcelo Greco
Fotógrafo


.
Formas Curiosas de Respirar

˙ · A coletiva exibe fotografias de Bernardo Dorff, Haroldo Saboia, Helena Rios, Luciana Mendonça e Márcio Távora. A mostra faz referência ao projeto de intercâmbio “Strange Fruit”, do qual os artistas participaram em Amsterdã, em maio de 2012.
Expõe obras de cinco fotógrafos que tem como proposta inicial explorar o conceito do estranho. O que se vê deste processo são percursos diversos que tornam presentes aspectos do que nos é comum.
Com a proposta inicial de lidar com o conceito do estranho, o que se vê deste processo são percursos diversos que tornam presentes aspectos do que nos é extraordinariamente comum. Da constatação de cenários que pretendem espelhar ambientes naturais a retratos atuais que parecem pertencer a um tempo em suspenso, da comunhão do cotidiano com ficção à ficção eleita a desvelar os próprios sentidos, dos diversos olhares alheios a compor uma visão de si às múltiplas exposições de um mesmo a tornar encantador o que poderia ser banal.

Espaço Contraponto
Rua Medeiros de Albuquerque, 55 - São Paulo/SP
Telefones: (11) 3814-3769, 3813-6433 e 9347-7991.
De terça a sexta-feira das 14h às 18h, e sábado das 11h às 14h


Fonte: Bernardo Dorf e Luciana Mendonça


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Formas Curiosas de Respirar"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

'Formas Curiosas de Respirar' na Contraponto




exposição "FORMAS CURIOSAS DE RESPIRAR",
Informações aqui

.

Rose Klabin na Eduardo Fernandes

Start:     Nov 13, '12 6:00p
End:     Dec 8, '12 6:00p
Location:     Rua Harmonia 145 - São Paulo/SP
::
Rise and Fall | Rose Klabin

            Altos e baixos e ciclos O trabalho da concentração é circular. Ascensão e queda, ascensão e queda. Os ciclos econômicos talvez descrevam também movimentos passíveis de representação em gráficos abstratos, com curvas ascendentes e descendentes, mas dificilmente poderiam ser esquematizados circularmente. Uma rede de pressões antagônicas mais complexa e caótica do que uma força centrífuga de propriedades físicas inescapáveis. O colapso do crédito imobiliário nos Estados Unidos em 2008 – a “queda” referida no título da série de fotografias de Rose Klabin – é de ordem diversa da “ascensão” que a série nomeia (a especulação imobiliária na região da Nova Faria Lima, em São Paulo, iniciada bem antes da crise nos EUA e que prosseguiu imune a ela até hoje). Bolhas financeiras de diferentes extrações. Não há equívoco no título, entretanto. Há uma relação causal sendo retratada nestas obras, mas que está além do factualmente imediato.
            Assim como os objetos abandonados na frente ou nos quintais das casas esvaziadas pela crise não comparecem nas fotos para atestar uma história particular, também os exemplos norte-americano e brasileiro não são escolhidos com o intuito de narrar alguma particularidade histórica. Aí estão como exemplos apenas. Exemplares de ascensão e queda. Metáforas também dos dois movimentos: os arranha-céus que se elevam e as ruínas urbanas na iminência de desabar.
            Há uma terceira propriedade nestes exemplos, quando são sobrepostos pela artista em cada uma das seis obras da série – um atualiza a potência do outro. Um ambicioso e imponente edifício em construção é um fracasso urbano em potência, assim como uma casa desertada e esquecida para se arruinar é, potencialmente, um futuro canteiro de obras para novas bolhas imobiliárias. Neste sentido, Brasil e EUA se tornam espelhos um do outro, sim, potencialmente: milagres econômicos dão lugar a crises financeiras num bater de asas de borboleta no Jalapão. Ascensão e queda. Ascensão e queda. Um trabalho de concentração, eu dizia. Acontece que nada aqui é casual. Observe o suporte da ampliação fotográfica. É uma manta térmica utilizada na construção civil para forramento de edificações. Observe como as obras são penduradas na parede. Observe, ainda, a disposição dos trabalhos na sala, sua relação com a arquitetura do espaço. Todas estas operações são resultado de reflexão absolutamente concentrada.
            A mesma concentração que levou Rose Klabin a empreender uma viagem de trailer do final do ano passado pela costa da Flórida, da Carolina do Sul e do Norte, na direção de Nova York. A artista estava interessada em testemunhar e registrar a fisionomia urbana dos subúrbios-fantasma da costa Leste americana. Qual seria o aspecto das residências perdidas para a crise? O que resta depois da queda? Uma viagem de trailer – vivenciando uma experiência singular de carregar consigo a casa ao longo do caminho – por um horizonte desolado. Um percurso a bordo de uma casa móvel para abarcar toda a dimensão daquelas casas mais fixas do que nunca, congeladas no tempo. Não poderia ser mais perfeitamente cíclico o processo de retratar ascensão e queda da utopia e da distopia construtivas da atualidade. Para fechar o círculo da concentração, fotos encaixadas e sobrepostas, Rose Klabin aplica um filtro positivo/negativo à composição, antes da saída prateada (sobre manta térmica), conferindo uma atmosfera entre futurista e apocalíptica ao conjunto. O ciclo se completa. A dúvida do observador acerca de estar contemplando o futuro ou o fim (ou ambos) deve ser parecida com aquela experimentada pela artista observando as imagens no monitor de sua câmera.


por Juliana Monachesi
Crítica de arte


:: ::
Rise and Fall, de Rose Klabin
Galeria Eduardo Fernandes
Rua Harmonia 145 - São Paulo/SP
Telefones: +55(11) 3812-3894 e 3032-6380
De terça a sexta-feira das 10h às 19h, e sábados das 10h às 18h


Fonte: Roberta Rachide


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Rise and Fall"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

Rose Klabin na Eduardo Fernandes




exposição "RISE AND FALL",
Informações aqui

.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

'Um olhar sobre o Brasil' no Tomie

Start:     Nov 12, '12 8:00p
End:     Jan 27, '13 8:45p
Location:     Rua Coropés 88 - São Paulo/SP
::
A fotografia na construção da imagem da nação

            Com a descoberta da fotografia, as imagens visuais técnicas ingressaram na vida cotidiana do homem e da sociedade; um ingresso que se faria eterno. Um dispositivo de ver o entorno e, também, de ver o que não pode ser visto fisicamente: cenários, personagens e fatos desconhecidos de espaços geográficos remotos e tempos pretéritos.
            Embora seu valor documental seja insubstituível como meio de informação, é importante que nos perguntemos sempre: qual é a verdade que nos mostra a imagem fotográfica? A verdade do registro da aparência, da indiscutível semelhança com o objeto-modelo materializada por um sistema de representação visual e conduzida, monitorada, moldada segundo um processo de criação/construção. De realidades. Realidades elaboradas, território de fronteiras fluídas, indefinidas, palco de realidades e ficções. Ficções documentais a partir de verdades individuais, regionais, ideológicas, étnicas, religiosas. Assim se forma o testemunho fotográfico: um documento expressivo, permeável aos devaneios da imaginação e interesses os mais diversos.
            A partir de tal reflexão pensamos a fotografia. E, a possibilidade de se imaginar uma história do país através e, a partir, das imagens da câmera. Este é o objeto desta exposição, porém, como levar à frente um projeto dessa natureza? Como abranger as múltiplas facetas de um país das dimensões do Brasil, rico em sua diversidade étnica, geográfica, pleno de contrastes sociais em todas as suas regiões? Não foram poucos os desafios desta empreitada.
            Procurou-se reunir, nesta exposição, e no livro que a acompanha, - proposta possivelmente inédita neste país, seja pela sua forma seja pela abordagem - um conjunto que documenta aspectos expressivos de fatos sociais, políticos, culturais, religiosos, científicos, artísticos, entre tantos outros, fios que tecem a trama histórica de uma nação. A reflexão acerca das conexões mais profundas desses fatos, sugeridos pelas imagens, em sua forma ambigua e sedutora, foi o objetivo que procuramos alcançar. As fontes fotográficas não se bastam em si mesmas; é preciso dar “voz” às mensagens codificadas nas imagens fotográficas, ultrapassar sua tênue superfície iconográfica e buscar por significados não explícitos, ao nível das mentalidades, das ideologias. Os significados dos documentos são “maleáveis”, de acordo com as visões de mundo de seus autores e dos repertórios dos leitores que os leem e os compreendem à sua maneira. Referimo-nos, aqui, aos processos de criações/construções de realidades, que elas propiciam, seja na sua produção, seja na sua interpretação, seja, enfim, nos usos e aplicações que foram objeto. Ao refletirmos sobre as representações fotográficas devemos ter em mente que tratamos de verdades relativas, verdades iconográficas.
            As fontes fotográficas podem ser objeto de estudos sob diferentes enfoques e disciplinas. Daí a razão de incluirmos nas vitrines, imagens e seus respectivos suportes, em conformidade com a técnica empregada nos diferentes períodos, além de câmeras e equipamentos fotográficos do passado, utilizados para a produção das imagens; uma experiência nova para todos os visitants, especialmente aqueles que se iniciaram na fotografia, já sob o império das imagens eletrônicas.
            Nossa abordagem iconográfica pôde ser mais livre no período do Segundo Reinado, prevalecendo o enfoque social na escolha e análise dos temas. O século XX, em virtude de sua multiplicidade temática, exigiu outro critério de desenvolvimento narrativo e de análise. A partir da proclamação da República e, ao longo de todo o século XX, buscou-se trilhar pelas periodizações bem demarcadas por fatos políticos contundentes da história do Brasil. Para cada um desses períodos optamos por um desenvolvimento segundo os seguintes eixos temáticos: política/sociedade/cultura e artes/paisagem.
            O desafio desta empreitada residiu em reunir um corpus documental que pudesse conduzir o espectador através dos caminhos de luzes e sombras que permeiam a história do Brasil. Por essas vias tentamos equacionar nossa abordagem. Um conjunto de fotografias e micro-histórias que se articulam visando à construção da imagem da nação. Trata-se de um olhar sobre o Brasil, como, obviamente, existem muitos outros olhares, outras imagens e outras leituras.


Por Boris Kossoy
Curador


.
Instituto Tomie Ohtake e Fundación Mapfre apresentam
Um Olhar sobre o Brasil. A Fotografia na construção da Imagem da Nação
Abertura: 12 de novembro de 2012 - até 27 de janeiro de 2013

˙ · Com mais de 400 imagens vindas de diferentes acervos públicos e coleções privadas, a Fundación Mapfre, em parceria com Instituto Tomie Ohtake, realiza a exposição “Um olhar sobre o Brasil. A Fotografia na construção da Imagem da Nação”. O projeto inédito, de pensar 170 anos de história do país (1833-2003) a partir do registro fotográfico, tem curadoria do especialista em história da fotografia Boris Kossoy e curadoria adjunta da antropóloga e historiadora Lilia Moritz Schwarcz.
Com cenografia assinada por Daniela Thomas e Felipe Tassara, a mostra percorre caminhos de luz e sombra, costurando história e iconografia. Tomando como ponto de partida o momento próprio de invenção da técnica fotográfica, a exposição revisita o olhar “científico” que guiava as expedições estrangeiras, o gosto de D. Pedro II pelo novo suporte e os registros de revoltas populares como a de Canudos, até chegar à grande multiplicação de temas, ângulos, acontecimentos e reviravoltas que compuseram o longo século 20.
Graças à ampla pesquisa empreendida pela equipe curatorial, cada uma das fotografias é apresentada acompanhada por um pequeno texto, sua micro-história, com informações que vão muito além da tradicional legenda (título, data, autor). Ao refletir sobre as fotos escolhidas, o curador destaca o esforço em ”valorizar o simbólico, tentar evitar a redundância, destacar o anônimo e o cotidiano naquilo que têm de aparente e oculto, rever criticamente as imagens conhecidas e ideologicamente comprometidas com as histórias oficiais”.
A mostra acompanha o lançamento do livro “Um olhar sobre o Brasil. A Fotografia na construção da Imagem da Nação: 1833-2003” (coordenação – Boris Kossoy, consultoria histórica – Lilia Moritz Schwarcz), volume que integra a coleção História do Brasil Nação: 1808-2010 (Fundación Mapfre/ Grupo Santillana/ Editora Objetiva; coordenação Lilia Moritz Schwarcz) e que faz parte de um projeto maior denominado América Latina na História Contemporânea.
A fim de organizar o grande número de imagens, a curadoria procurou pensar o material a partir de quatro grandes eixos temáticos: política, sociedade, cultura/artes e cenários. Ao mesmo tempo, os 170 anos foram divididos em sete períodos, demarcados de acordo com os principais fatos da história nacional.
1833–1889 | Luzes sobre o Império
1889–1930 | Urbanidade, conflitos, modernidade
1930–1937 | Ideologias, revoluções, nacionalismos
1937–1945 | Autoritarismo, repressão, resistência
1945–1964 | Industrialização, desenvolvimento, anos dourados
1964–1985 | Tempos sombrios
1985–2003 | O reacender das luzes
Escolhida como ponto de partida da exposição, a data de 1833 refere-se às experiências precursoras de Antoine Hercule Romuald Florence (1804–1879), levadas a efeito na vila de São Carlos (Campinas) e que o conduziram a uma descoberta independente da fotografia, pioneira nas Américas e contemporâneas às que se realizavam, na mesma época, na Europa.
Pensando ainda no século XIX, Lilia Schwarcz ressalta os fotógrafos itinerantes que varreram o país de ponta a ponta, motivados, a princípio, pelo desejo de conhecer esse Império dado a costumes, climas e políticas em tudo tão distintos. “Enquanto imenso ‘gigante tropical’ habitado por muitas raças e grupos de origens variadas, o Brasil representava um verdadeiro porto de chegada (e de partida): um posto avançado para a observação naturalista e científica de um concentrado natural e, ademais, racial”, escreve a historiadora.
Hobby do imperador D. Pedro II, a fotografia tornou-se ferramenta para registrar cada vez mais um número cada vez maior as famílias da elite, em cenas devidamente posadas. Junto com o registro da paisagem urbana, rural e natural, os retratos de estúdio introduziram a prática fotográfica no cotidiano das sociedades em todo o mundo.
Ao longo de todo o século XX e com cada vez mais intensidade, a fotografia tomou as páginas das revistas dos jornais, diversificou seus temas e, saindo às ruas, acompanhou os momentos mais marcantes, alguns gloriosos, outros bastante sombrios. De seu papel no fortalecimento do Estado Novo, à participação da FEB na Segunda Guerra Mundial), da construção de Brasília, amplamente documentada, à foto de multidões clamando pelas Diretas, a fotografia teve papel crucial para imagem dos governantes que mobilizaram as massas como as dos líderes populares Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Leonel Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva.
Não há como lembrar das Diretas sem recordar do instantâneo que tomou os políticos de vários partidos, todos de braços levantados aguardando que o fotógrafo tornasse imortal e memorável (no sentido de ficar retido na memória) um ato resumido a poucos instantes e que seria, por si só, apagado pela lógica da circunstância. Por isso tantas vezes é difícil separar o que de fato ocorreu e o que o ato fotográfico imortalizou”, sugerem os curadores.
Técnica documental, mas também plataforma da criação e profusão de sentido, a fotografia fez parte da construção da identidade nacional desde a época de sua invenção, retratando, mas também contribuindo para definir costumes, numa intrincada rede de relações. “Ela é, a um só tempo, produto e produção, reflexo e estabilização de hábitos; reação e vanguarda; elemento cultural, mas também argumento político, social e econômico. Nada lhe escapa assim como tudo lhe escapa, pois a fotografia apenas finge que preenche a realidade e assim capta sua totalidade”.

Boris Kossoy professor titular da Escola de Comunicações e Artes da USP, foi diretor do Museu da Imagem e do Som de São Paulo e do IDART - Divisão de Pesquisas do Centro Cultural São Paulo criou dentro da mesma universidade NEIIM - Núcleo de Estudos Interdisciplinares de Imagem e Memória. É membro do conselho consultivo da Coleção Pirelli-MASP de Fotografia, entre outras instituições culturais. Trabalhos de sua criação, como fotógrafo, encontram-se representados nas coleções permanentes do Museum of Modern Art (N.Y), George Eastman House (Rochester, N.Y), Smithsonian Institution (Washington, D.C.), Bibliothèque Nationale de Paris, Museu de Arte de São Paulo, para citar alguns. É autor dos livros: Viagem pelo Fantástico, Hercule Florence, a Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil; Origens e Expansão da Fotografia no Brasil - Século XIX; Fotografia e História; Realidades e Ficções na Trama Fotográfica; Os Tempos da Fotografia: O Efêmero e o Perpétuo, entre outros.
Lilia Moritz Schwarcz é professora titular no Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP). Foi Visiting Professor em Oxford, Leiden, Brown, Columbia e é atualmente Global Professor pela Universidade de Princeton. É autora, entre outros, de Retrato em branco e negro, O espetáculo das raças, As barbas do Imperador – D. Pedro II, um monarca nos trópicos, Símbolos e rituais da monarquia brasileira e Registros escravos. Coordenou, entre outros, o volume 4 da História da Vida Privada no Brasil: contrastes da intimidade contemporânea, com André Botelho Um Enigma sobre o Brasil e dirige atualmente a História do Brasil Nação. Mapfre/ Objetiva em 6volumas (Prêmio APCA, 2011).

Exposição: Um olhar sobre o Brasil. A Fotografia na construção da Imagem da Nação
Abertura para convidados: 12 de novembro de 2012, às 20h
Até 27 de janeiro de 2013
De terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca
Realização: Fundación Mapfre em colaboração com o Instituto Tomie Ohtake
Patrocínio: Mapfre Investimentos
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés, 88) - Pinheiros SP
Fone: (11) 2245-1900


Fontes: Boris Kossoy, e Martim Pelisson (Pool de Comunicação)


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "UM OLHAR SOBRE O BRASIL"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

'Um olhar sobre o Brasil' no Tomie




exposição "UM OLHAR SOBRE O BRASIL – A FOTOGRAFIA NA CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DA NAÇÃO",
Informações aqui

.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Flávia Tojal no Ophicina

Start:     Nov 10, '12 11:00a
End:     Jan 19, '13 6:00p
Location:     Rua Teodoro Sampaio 1109 - São Paulo/SP
.
"Amo na Terra" – primeira individual do novo Espaço
O espaço opHicina recebe, a partir do dia 10 de novembro, “Amo na Terra”, a primeira exposição individual no novo espaço

˙ · Com autoria de Flávia Tojal e curadoria de Lucrécia Couso, a exposição retrata, em imagens poéticas, mudanças desencadeadas por um triste momento na vida da fotógrafa. “Estas imagens fazem parte de um percurso de quatro anos de trabalho, na busca por uma forma de ilustrar as mudanças na vida na ausência do meu pai, que depois de sofrer longamente com uma terrível doença veio a falecer prematuramente.
Com o passar do tempo, o trabalho ganhou corpo e foi organizado em um livro de artista, de tiragem limitada a 40 exemplares, toda assinada e numerada pela fotógrafa. “Conforme este trabalho se tornou não mais apenas uma história pessoal, ele pode crescer e se transformar em algo além. Ele pode expandir-se e tratar de temas como o seguir adiante e manter os olhos abertos, o constante amadurecimento e a prazerosa aceitação das possibilidades do desconhecido futuro”, afirma a artista.
A exposição reunirá cerca de 20 imagens de tiragem limitada, feitas em negativo P&B, com impressões em fineart, todas assinadas e numeradas pela autora.

Sobre Flávia Tojal
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, Flávia Tojal atua no universo da fotografia há dez anos. Participa do grupo Cenáculo, onde juntamente com outros 7 artistas discute o universo fotográfico e edita a revista eletrônica de mesmo nome. Morou em Londres, onde estudou arte e fotografia. Trabalha com o fotógrafo Marcelo Greco desde 2006, participou de produções como o projeto de animação para cinema Batalha – A Guerra do Vinil. Foi também assistente de fotografia e arquivo da artista Luciana Mendonça. Em 2009, trabalhou como produtora da editora de arte/fotografia Schoeler Editions, especializada em portfolios fine art e livros artesanais. Atualmente, além de desenvolver seu trabalho autoral, faz retratos de família.

Amo na Terra, de Flávia Tojal
Espaço Ophicina
Rua Teodoro Sampaio, 1109 – São Paulo
(próximo à Praça Benedito Calixto)
Tel. (11) 3813-8466 e 3813-9712
De 10 de novembro a 19 de janeiro de 2013


Fonte: Flávia Tojal


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Amo na Terra"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

Flávia Tojal no Ophicina




exposição "AMO NA TERRA",
Informações aqui

.

Lula Ricardi na Simonetta

Start:     Nov 3, '12 11:00a
End:     Dec 15, '12 6:00p
Location:     Rua Augusta 2862 - São Paulo/SP
::

            Lula Ricardi, jovem artista multimídia apresenta o seu trabalho fotográfico “Admirável Mundo Novo”. Um ensaio contundente e incisivo que recupera os ventos da rebeldia e o pensamento de liberdade em um mundo pasteurizado. Parabéns, aguardamos muitos outros trabalhos.

Jean Pierre Gilardi
Produtor



Admirável Mundo Novo

˙ · A história de nosso tempo; um mundo cada vez menos preocupado com o equilíbrio e o pensamento humanista, que estabelece o consumo e a massificação como condição de existência e salvação.
Na produção em escala de tudo ao nosso entorno, padrões e corpos produzidos como números são atirados ao “super-mercado”, uma paródia viva de previsões de tempos passados. Nesse trajeto, a máquina de confeccionar pessoas, sensos éticos e bens se retroalimenta e cada vez mais empurra o mundo com aparatos quase sempre tortuosos e opressores.
Em meio a essa reprodução infinita, as contradições ao emparelhamento sócio-cultural e mercadológico surgem nos conflitos, nos dilemas pessoais e no próprio sentido existencial quando a morte nos leva rumo ao desconhecido. Aqui a homogeneidade se apresenta de certa forma; todos morremos e viramos matéria decomposta.
Essa é a trajetória a ser mostrada, abstrair a massificação e o resultado dessa lógica, somos os vetores ativos do processo, mas somos também proporcionalmente a matéria atingida e sufocada, recebendo essa diluição de nós mesmos.

Admirável Mundo Novo, de Lula Ricardi
Galeria Simonetta
De segunda a sábado das 11h às 17h
Rua Augusta, 2862 Jardins São Paulo SP
(11) 3081-1691


Fonte: Lula Ricardi


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Admirável Mundo Novo"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

Lula Ricardi na Simonetta




exposição "ADMIRÁVEL MUNDO NOVO",
Informações aqui

.

sábado, 3 de novembro de 2012

Marcela Tiboni na Central


Lambda Print, 120×75cm

exposição "SOBRE A FORÇA E A CORAGEM",
Informações aqui


˙·.

Marcela Tiboni na Central

Start:     Nov 8, '12 7:00p
End:     Dec 15, '12 5:00p
Location:     Rua Mourato Coelho 751 - São Paulo/SP
::
Pintura ativada, fotografia promíscua: jogos metalinguísticos de Marcela Tiboni

            O grito da pintura de Marcela Tiboni ainda ecoa. Bate na fotografia, rebate no vídeo e ressoa alto na performance. Ainda assim é uma problemática da representação, como também da tela, que se vivifica em ação.
            Há cerca de uma década os contos e as histórias da arte tanto incomodam quanto instigam a artista, que reage com veemência em atitudes que parecem querer, através de suas criações, esclarecer algo, reatar elos e traçar novos contornos no campo movediço dos sentidos da arte, de seu passado à contemporaneidade. O gesto é contundente, direto: tinta na pele, tela no corpo. Com jogos metalinguísticos, Marcela contorce e mistura linguagens a fim de delas extrair possíveis chaves de compreensão.
            Assim, suas escolhas recentes vão ao encontro dos primórdios da identidade do que seria uma “pintura brasileira”. Ao eleger como ponto de partida duas pinturas de Almeida Júnior (O derrubador brasileiro, 1879 e Caipiras negaceando, 1888), Tiboni trava um diálogo intenso, ou mesmo uma batalha ferrenha. Não por acaso os elementos escolhidos como síntese dessas pinturas são o machado e a arma de fogo. E, através desses instrumentos acintosos, ela desdobra suas ações, do repouso ao voo livre, da espreita ao fogo cruzado; numa sequência de fotografias que transforma o espaço expositivo num campo de batalha, em que a artista “passionalmente” confronta a si própria e no qual o público não sai imaculado. Um ensaio Sobre a força e a coragem.
            Assim como a fotografia, a pintura acadêmica se realiza através de construção de cenas, ou, de outro modo, através do recorte de tempo e espaço. Isso naturalmente nos leva a especular sobre seu entorno (o que veio antes e o que virá depois? Quem esteve ali?). É aí que Marcela “penetra” no quadro, como quem quer estar e participar daquele momento forjado há mais de um século pelo pintor Almeida Júnior. Ela entra no bang bang para ser caçador e caça, tira o personagem do descanso e usa seu poderoso machado. De alguma forma, ativa o quadro.
            Mas os tempos são outros e a artista não é heroína. Sua fotografia é promíscua e nela cabe de tudo: do diálogo com a pintura aos recursos de edição digital. A sombra que não encontra a figura, a multiplicação do personagem, a arma cenográfica, o jeans e o tênis são índices que deslocam nossa percepção e nos fazem atravessar um século de história da arte, nos situando no presente. Além da força, a artista traz ironia, destensionando o rigor acadêmico da arte -- seja de ontem, seja de hoje -- e, por meio de suas canhestras situações de combate, escapando a eventuais expectativas épicas típicas da cultura colonial, ou globalizada. Entre camuflagens e aparições, entre intenções e atuações, Marcela Tiboni se apresenta de peito aberto ao experimentalismo e seus inevitáveis riscos.


por Rodrigo Braga
Artista


.
Sobre a força e a coragem, de Marcela Tiboni

˙ · Exposição traz fotografias em que a artista aparece interagindo com um machado e uma espingarda. Partindo de um trabalho realizado sobre a obra Caipiras Negaceando, de Almeida Junior, a pesquisa de Marcela expandiu-se para um ensaio fotográfico em que a força e a coragem, como valores de nossa cultura, aparecem hora como impulso autodestrutivo, hora como conteúdo ritualístico em que as armas são transformadas em objetos de culto, mas sempre com a desconcertante e escancarada certeza de que tudo não passa de uma encenação.

Individual de Marcela Tiboni
Texto crítico: Rodrigo Braga
16 fotografias ineditas realizadas em 2011 e 2012
Abertura: 08/nov/2012 às 19h
Visitação: 09/nov/2012 a 08/dez/2012
Horários: 10h às 19h de segunda a sexta, 10h às 17h aos sábados
CENTRAL Galeria de Arte
Av. Mourato Coelho, 751 - São Paulo SP
Telefone: +55(11) 2645-4480


Fonte: Marcela Tiboni


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Sobre a força e a coragem"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

Filipe Berndt na Central

Start:     Nov 8, '12 6:00p
End:     Dec 15, '12 5:00p
Location:     Rua Mourato Coelho 751 - São Paulo/SP
::
Reino Zoológico

            A série “Reino Zoológico”, de Filipe Berndt, nos faz refletir sobre algo além de nossas puras memórias de infância sobre o jardim zoológico. Visitamos esse lugar para ver de perto os animais que foram retirados de seus hábitats e colocados em cativeiros para servirem de deleite ao ser humano. Quando crianças, não pensamos nisso, mas à medida que crescemos e levamos nossos filhos ao zoológico, ele não nos parece mais tão divertido e inocente… O que vemos são animais colocados em ambientes artificiais e impedidos de viverem livres na natureza.
            Fruto de uma longa pesquisa e de visitas a mais de vinte zoológicos no Brasil e na Itália, as imagens captadas mostram jaulas vazias. Não vemos os animais, mas percebemos sua presença, quer pela marca de corpos deixadas nas paredes, quer pelo vidro embaçado pela respiração. A presença é imanente.
            O enaltecimento da arquitetura criada pelo homem na tentativa de “copiar” a natureza é proposital. Ele acredita que pedras de cimento, plantas de plástico e cascatas artificiais podem substituir a vida selvagem.
            Em contrapartida, as imagens registradas pelo artista em áreas naturais ocupadas por pessoas para lazer enfatizam a ironia dessa situação ridícula: o homem, livre na natureza, ocupa o lugar onde antes viviam os animais.


Por Rejane Cintrão
Curadora


.
Reino Zoológico, de Filipe Berndt

˙ · Série de fotografias realizadas em mais de vinte zoológicos no Brasil e na Europa, na qual o artista não nos permite a visão dos bichos, deixando-nos à sós com a jaula onde estes deverão passar o resto de suas vidas. São espaços criados com a intenção de simular o ambiente natural, como se a percepção do animal fosse reduzida e codificada apenas por padrões visuais, ou seja, humanos. O artista nos deixa, no entanto, algumas pistas da presença de vida. São marcas do corpo contra os muros, a condensação da respiração no vidro, arranhões e o desgaste das coisas pelo tempo e pelo tédio. Com um enquadramento ortogonal e atenção para cada detalhe da cena, as imagens tiram seu impacto por adotar justamente este tratamento direto e sem visar o efeito, procedimento normalmente adotado pelo artista Filipe Berndt.

REINO ZOOLÓGICO
Individual de Filipe Berndt
Curadoria: Rejane Cintrão
Abertura: 08/nov/2012 às 19h
Visitação: 09/nov/2012 a 08/dez/2012
Horários: 10h às 19h de segunda a sexta, 10h às 17h aos sábados
CENTRAL Galeria de Arte
Av. Mourato Coelho, 751 - São Paulo SP
Telefone: +55(11) 2645-4480


Fonte: Filipe Berndt


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Reino Zoológico "
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

Filipe Berndt na Central


Lambda print, 110×165cm

exposição "REINO ZOOLÓGICO ",
Informações aqui


˙·.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Cristina Sá na KCase

Start:     Nov 6, '12 5:00p
End:     Nov 10, '12 7:00p
Location:     Alameda Gabriel Monteiro da Silva 271 - São Paulo/SP
.
Cristina Sá expõe obras inéditas na KCase, em São Paulo
A artista plástica Cristina Sá apresenta curta exposição com obras inéditas na KCase, em São Paulo, de 6 a 10 de novembro de 2012

˙ · Cristina expõe 10 telas e um projeto exclusivo: uma série de fotografias de suas obras feitas com planos fechados, ampliadas e emolduradas. Como as pinturas são minuciosas, o trabalho consiste em evidenciar justamente os detalhes destas peças.

Sobre a artista
Cristina Sá vive e trabalha em São Paulo. Estudou desenho com Maciej Babinski e Pedro Algaza. Formou-se pela Escola Panamericana de Artes- SP. Entre 1989 a 1991 manteve atelier de pintura em seda. Frequentou por oito anos o atelier de Jorge Franco. Estudou técnicas de aguada, carvão e pastel com Philip Hallawell.

Exposição | Cristina Sá
Coquetel de abertura: dia 6 de novembro, a partir das 17h, para convidados.
Exposição: de 7 a 10 de novembro, das 10h às 19h, de segunda-feira a sexta-feira. Grátis.
KCase
Al. Gabriel Monteiro da Silva 271, Jardim América - São Paulo (SP).
Telefones (11) 3081-6562 e 3081-6530


Fonte: Bruna Stella (M2 Assessoria de Comunicaçao)


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Cristina Sá"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

Cristina Sá na KCase


120×220cm

exposição "CRISTINA SÁ",
Informações aqui


˙·.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ricardo Hantzschel no SESC/ Santana

Start:     Nov 7, '12 7:30p
End:     Dec 16, '12 5:00p
Location:     Avenida Luís Dumont Villares 579 - São Paulo/SP
::
Vestígios do Carandiru

            Meses antes da implosão da Casa de Detenção de São Paulo, fui convidado a registrar o último jogo de futebol da carceragem. Atraído pelo interior do ‘casarão’, me embrenhei nas centenas de xadrezes do pavilhão 8, já desocupado. O breve contato com aquele universo tão particular – seus rastros de vida ainda frescos no concreto e ferro – foi inesquecível.
            Apesar de vazias, as celas ainda portavam os vestígios de seus habitantes nos recortes descascados, objetos íntimos, cartas, imagens de carros, paisagens e santos. A fascinante onipresença de ícones femininos, eróticos, eventualmente pornográficos, parecia contribuir para amenizar a solidão superlotada: a imagem da mulher como escape e transcendência do claustro. Registrei os espaços desocupados. Recolhi os objetos cuja materialidade julguei indispensável para simbolizar a complexidade da experiência prisional. Combinados, as fotografias e os restos das coisas formam a série Vestígios: caixas que guardam estratégias de sobrevivência de vidas guardadas.


por Ricardo Hantzschel
Fotógrafo


.
Vestígios do Carandiru, de Ricardo Hantzschel
Lembrando os 10 anos da demolição da Casa de Detenção de São Paulo, o fotógrafo Ricardo Hantzschel reedita a exposição “Vestígios do Carandiru”, no Sesc Santana

˙ · Composta por vinte trabalhos fotográficos, a exposição mostra os vestígios daqueles que habitaram celas na antiga Casa de Detenção de São Paulo, tendo como foco principal os ícones femininos. Nas imagens, expostas em caixas de ferro e madeira, revestidas ocasionalmente por recortes e objetos, as mulheres adornam paredes, tetos, portas, armários, canos de água, etc, como profanos relicários de culto ao desejo e a fantasia. São mulheres impressas em papel ou grafitadas na alvenaria, que “testemunharam” o cotidiano solitário e claustrofóbico de milhares de anônimos que ajudaram a sobreviver. O ensaio foi realizado nos pavilhões nove, oito, sete, seis, cinco quatro, dois e a divinéia, cerca de um mês antes da implosão dos pavilhões. Foram incorporados ao trabalho recortes, cartas, tecidos, referências religiosas e objetos de uso pessoal, coletados dentro das celas e nos escombros da implosão.

Foyer do Teatro. Não recomendado para menores de 16 anos
SESC Santana
08/11 a 16/12
Terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 10h às 17h
Avenida Luís Dumont Villares, 579 São Paulo, 02085-100
(11) 2971-8700


Fonte: Ricardo Hantzschel


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Vestígios do Carandiru"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

Ricardo Hantzschel no SESC/ Santana




exposição "VESTÍGIOS DO CARANDIRU",
Informações aqui

.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Carlos Ximenes e Daniel Marques na Traço Livre

Start:     Oct 27, '12 3:00p
End:     Nov 17, '12 4:00p
Location:     Rua Monte Alegre 625 - São Paulo/SP
.
Projeto 6×6
De 27 de outubro a 17 de novembro a galeria Traço Livre recebe o Projeto 6×6

˙ · Idealizado pelos fotógrafos Carlos Ximenes e Daniel Marques, o projeto é voltado para novos fotógrafos e tem como objetivo explorar as variadas possibilidades dentro da fotografia artística, a idéia é que sejam organizadas diferentes exposições sempre com fotógrafos e temas diferentes.
Para essa primeira exposição os idealizadores do projeto irão apresentar fotografias feitas com câmeras analógicas de médio formato, cada artista desenvolveu seu trabalho tendo a paisagem urbana como pontos de partida. Para demonstrar a influência que o olhar de cada fotógrafo exerce sobre a cidade.
Carlos Ximenes em seus Estudos está em busca do aprendizado na linguagem fotográfica, apurando o olhar através da nova/velha forma de ver o mundo. A câmera de médio formato que utiliza filme de 120mm totalmente manual e sem fotômetro, foi o que o instigou a retomar seus projetos com fotografia analógica. Carlos Ximenes registra os lugares por onde passa sob diferentes pontos de vista, desde o concreto literal das edificações à formações rochosas.
Daniel Marques em suas Paisagens Exploradas busca por lugares e construções anônimas, nos faz refletir sobre o espaço em que vivemos e de certa forma redescobrir a cidade. Seu olhar é voltado para bairros que já foram ou ainda são indústrias, e que aos poucos estão desaparecendo. Indústrias e casas mais antigas vão dando espaço para prédios enormes e espetaculares, onde o cidadão compra um sonho de que terá mais segurança e uma boa qualidade de vida. Sem identificar os lugares e bairro por onde explora, Daniel Marques transforma estas paisagens em qualquer lugar, deixando para o espectador identificá-las ou não.

Galeria Traço Livre
Rua Monte Alegre, 625, casa 4 - Perdizes
Data: até 17/11
Horário: de terça a sexta, das 10h às 18h e aos sábados, das 11h às 16h


Fonte: Silvana (Galeria Traço Livre)


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Projeto 6×6"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯

Carlos Ximenes e Daniel Marques na Traço Livre




exposição "PROJETO 6×6",
Informações aqui

.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Flávia Junqueira no MIS




exposição "GORKLOVA 1951",
Informações aqui

.

Flávia Junqueira no MIS

Start:     Nov 6, '12 7:00p
End:     Jan 6, '13 9:00p
Location:     Av. Europa 158 - São Paulo/SP
::
Flávia Junqueira

            Em seus primeiros trabalhos, Flávia Junqueira cria cenários preenchidos pelo excesso de objetos. Apresenta espaços interiores da casa por meio de memórias ritualizadas por lentes de aumento. As séries Na Companhia dos Objetos (2008) e A Casa em Festa (2009/2010) buscam questionar a ironia da candura infantil através de atos performáticos da própria artista.
            Em 2011, ano de produção das séries apresentadas no MIS, Flávia Junqueira desloca-se para espaços externos ao ambiente afetivo da casa; percorre um caminho por prédios antigos e/ou decadentes. Passeia por São Paulo para compor a série Sonhar com uma Casa na Casa. Com uma bagagem contendo elementos coloridos, a artista segue para Paris onde desenvolve AnteSala e Balões. Por fim, chega à Ucrânia. Gorlovka 1951 são fotografias realizadas em um decadente Palácio da Cultura da Era Soviética, encontrado abandonado na cidade de Donestsk.
            Ao visitar estes locais sombrios, a artista sobrepõe elementos inventados. Esses lugares, aparentemente solitários e vazios, são revistos através de cores vibrantes. Ao mesmo tempo em que os objetos se instauram como detalhes, chamam a atenção pelo contraste em relação ao espaço. A princípio, não se espera encontrá-los nesses ambientes. É uma tentativa de ressaltar que as lembranças estão lá, sejam elas oriundas de vivências ou do imaginário. Entre um tempo que passa rápido (a infância) e outro que não passa (associado a imponência dos edifícios), a memória é ficcionalizada. Sabe-se que a fotografia concentra ao longo da história a discussão dicotômica entre espelho do real e transformação da realidade. Flávia Junqueira dissolve essas fronteiras – real e ficção estão juntos na mesma imagem – e sobrepõe os diversos significados com que estes conceitos já foram definidos.


por Ananda Carvalho
Curadora, crítica de arte e professora


.
Flavia Junqueira encerra o programa Nova Fotografia 2012 do MIS com a mostra Gorlovka, 1951
Individual da artista paulistana traz fotografias em um decadente Palácio de Cultura da era soviética. A abertura acontece no dia 6 de novembro, às 19h. Esta é sexta e última da série de exposições dos selecionados no programa Nova Fotografia 2012

˙ · O MIS, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, inaugura a sexta e última exposição do programa Nova Fotografia 2012 no dia 6 de novembro, às 19h. A mostra Gorlovka, 1951, de Flávia Junqueira, apresenta fotografias realizadas no ano de 2011 em um decadente palácio da cultura da era soviética encontrado abandonado na cidade de Donestsk, na Ucrânia.
As fotografias propostas tratam do universo particular da casa, da cenografia, da memória dos objetos e principalmente da vontade de recriar e compreender a realidade sob um aspecto ficcional. Todos os trabalhos apresentados em Gorlovka, 1951 giram em torno da relação entre o universo da imaginação e da realidade, que, aparentemente distanciados, em sua aproximação nos levam ao interior de novas sensações. O projeto reflete, como um todo, o sentimento que acompanha a passagem do tempo.
Ainda na mesma exposição, serão apresentadas outras séries de trabalhos realizados no mesmo período e que dialogam com esta mesma estética: "AnteSala" e "Balões", por exemplo, apresentam imagens de fotografias/cenários que se concluíram a partir de intervenções com balões realizados no hall de entrada de prédios antigos na cidade de Paris.
A visitação da mostra Gorlovka, 1951 – Nova Fotografia 2012 é gratuita e vai de 7 de novembro a 6 de janeiro de 2013, no Espaço Nicho.

Sobre o programa
O projeto Nova Fotografia tem o intuito de colocar o MIS à disposição de novos fotógrafos para que possam exibir seus trabalhos inéditos e criar um espaço permanente para exposição de fotografias de artistas promissores, pouco conhecidos e que se distinguem pela qualidade e inovação de suas obras. Para esta primeira edição, seis projetos fotográficos foram selecionados e foram sendo expostos ao longo de 2012. No próximo ano, outros seis trabalhos serão escolhidos e expostos no Espaço Nicho do Museu.


Nova Fotografia 2012 | Gorklova 1951 – Flávia Junqueira | Grátis
ABERTURA 06.11, às 19h
DATA 07.11.2012 a 06.01.2013
Horário terças a sábados, das 12 às 22h; domingos e feriados, das 11 às 21h
Local Nicho
Entrada gratuita
Classificação indicativa livre
Museu da Imagem e do Som - MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117-4777
Estacionamento conveniado: R$ 8 | Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado.


Fonte: Flávia Junqueira, e Clarissa Janini (MIS)


‾‾‾‾‾ ΅ * ΅ ‾‾‾‾‾
IMAGENS da EXPOSIÇÃO "Gorklova 1951"
________________________________________________________________________________
º] | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | >*< | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | [º
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯